Dando continuidade às ações de alerta do Dia Nacional do Parkinsoniano, no próximo dia 17 de abril, das 8h às 17h, o Centro de Dor e Neurocirurgia Funcional do Hospital 9 de Julho, de São Paulo, promove o 2º Dia do Diagnóstico Gratuito da Doença de Parkinson. O atendimento será gratuito, voltado à população carente, mas como as vagas são limitadas, os interessados devem fazer sua inscrição prévia por telefone. Caracterizada por um distúrbio neurológico progressivo, causado pela degeneração dos neurônios que contém o neurotransmissor dopamina, a Doença de Parkinson pode afetar qualquer pessoa, independente de raça ou sexo, mas sua incidência é maior em pessoas com idade a partir de 50 anos. ?Estima-se que cerca de 36 mil novos casos surjam anualmente no Brasil. Este dado é muito preocupante, já que a população não possui informações suficientes sobre esta doença que pode acometê-la em um futuro muito próximo?, alerta Dr. Cláudio Fernandes Corrêa, neurocirurgião e chefe do Centro de Dor e Neurocirurgia Funcional do Hospital 9 de Julho.
O portador de Parkinson apresenta sinais típicos, tais como tremor de repouso (tremer para frente e para trás quando o membro está relaxado), bradicinesia (lentidão no movimento), rigidez (enrijecimento ou resistência do membro a movimentos passivos quando está relaxado) e instabilidade postural (equilíbrio precário). Além destes sintomas, o paciente pode sofrer ainda perda das habilidades intelectuais, suficientes para interferir no funcionamento social e ocupacional do indivíduo. ?A perda da função intelectual quase sempre envolve deficiência de memória e pode estar associada a alterações de personalidade, julgamento prejudicado e dificuldades com o pensamento abstrato?, revela Dr. Corrêa.
Não existe cura para a doença e seu tratamento geralmente é a base de medicamentos constituídos de levodopa e outras drogas, cujo principal objetivo é aumentar a atividade da dopamina no cérebro. Entretanto, o tratamento medicamentoso prolongado pode se tornar deficiente, o que pode levar à necessidade de intervenções cirúrgicas.
Devido à sua complexidade, para um controle eficaz, torna-se necessário o acompanhamento de uma equipe de profissionais, que vão atuar na reabilitação física e psíquica do paciente. É importante lembrar que, embora a doença proporcione limitações físicas aos seus portadores, é possível e necessário manter-se ativo para retardar seu quadro evolutivo.