A Unimed Santa Bárbara d"Oeste, Americana e Nova Odessa está investindo cerca de R$ 2,4 milhões na informatização de todos os consultórios de médicos cooperados ao longo de 2009. O projeto, desenvolvido e implantado pela Added, prevê a troca on-line de dados entre o consultório e a operadora, bem como a integração com os laboratórios. De acordo com o diretor de Provimento de Saúde da Unimed, Sérgio Paschoalick Catherino, além de aumentar a qualidade de atendimento, a iniciativa reduzirá o custo com processos manuais vinculados aos serviços médicos, diminuindo a burocracia e agilizando os processos de autorizações.
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Saúde Business Web: Quando a Unimed iniciou o projeto de informatização dos consultórios?
Sérgio Paschoalick Catherino: a ideia de que todos os consultórios estejam informatizados fez com que iniciássemos a concepção e preparação do projeto, incluindo as negociações, alternativas, parâmetros e definições, em junho de 2008. O projeto foi submetido para aprovação em outubro, e após esta etapa iniciamos as compras de equipamentos e construção do sistema e das interfaces. A implantação começou em fevereiro deste ano.
SBW: Em qual etapa está a implantação do projeto? Quando deve ser finalizado?
Catherino: adotamos a técnica de implantação gradativa. A princípio estamos com a infraestrutura de hardware e telecom finalizada em 40% dos consultórios. O sistema está pronto e validado. Os treinamentos de atendentes e auditores estão concluídos, enquanto os médicos e secretárias ainda estão com os treinos em andamento. Em junho, faremos um piloto com 10 consultórios e, a partir daí, faremos a liberação gradativa do sistema para uso dos médicos. A ideia é ter 100% dos consultórios utilizando a solução até o final do ano.
SBW: Quais os objetivos da Unimed Santa Bárbara d"Oeste, Americana e Nova Odessa?
Catherino: o projeto de automação dos consultórios tem objetivos focados nos médicos e clientes. Para os colaboradores nossa meta é dotar os consultórios de solução tecnológica padronizada em hardware, software, telefonia e Telecom, além de agilizar o trabalho do médico e dar segurança para as transações efetuadas. Por outro lado, queremos padronizar e desburocratizar o atendimento ao cliente. O projeto, claro, também tende a beneficiar a Unimed com redução de custos, sem repetição desnecessária de exames. Atender as exigências da ANS referentes à troca e guarda eletrônica de dados, também é um objetivo do projeto, que visa reduzir o fluxo de papel com a integração entre operadora, consultórios, clinicas e laboratórios. Permitir a solicitação de exames on-line com aprovação automática em 60% dos pedidos, e reduzir a necessidade de deslocamento do cliente até a área de atendimento da Unimed para a autorização de exames fazem parte dos objetivos, também.
SBW: Quanto a Unimed investiu para que todos os objetivos sejam alcançados com o projeto?
Catherino: nós estamos investimos cerca de R$ 2, 4 milhões em 3 anos, com break even em 8 meses após implantação e retorno do investimento após 16 meses.
SBW: Com a informatização, quanto a Unimed deve economizar ao longo dos anos?
Catherino: apenas com a queda na repetição da solicitação de exames, que será proporcionada com o acesso do médico a um banco de dados com o histórico do paciente, estima-se que haja uma redução mensal de custos na ordem de R$ 70 mil para a operadora. Também esperamos que outros R$ 65 mil deixem de ser gastos com infraestrutura entre consultórios e operadora. Depois de finalizado, o projeto deverá trazer uma economia total de R$ 1,6 milhão ao ano, cerca de 10% do custo atual com exames. Deve-se considerar também que os médicos devem economizar cerca de R$ 800 mil/ano, já que a Unimed está assumindo o parque tecnológico dos consultórios.