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"Investimentos em dispositivos médicos ainda é pequeno"

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Baixos investimentos em dispositivos médicos refletem a falta de acesso e o baixo conhecimento sobre sua importância

Apenas 2,35% do gasto total com a saúde no Brasil é com dispositivos médicos (DMAs), isto é, apenas 9,67% do Produto Interno Bruto (PIB) do segmento, em 2014. O percentual fica atrás de países europeus de menos envergadura econômica como a Bélgica (4,61%) e a Grécia (3,23%). Os países que mais investem em DMAs no mundo são a Alemanha (6,49%), seguido de Japão (6,13%) e Coreia do Sul (5,73%).

Os dados foram coletados pelo Canadian Health Police Institute e publicados no livro "Saúde 4.0: Propostas para Impulsionar o Ciclo das Inovações em Dispositivos Médicos (DMAs) no Brasil", documento recém-lançado pela Aliança Brasileira da Indústria Inovadora em Saúde, ABIIS.

Perfil do Mercado

O segmento de DMAs no Brasil contempla quase 15 mil empresas e cerca de 4 mil trabalhadores, com um pouco mais de 10 mil profissionais que atuam na comercialização dos produtos médicos. Com a adição dos serviços de diagnóstico e terapêutica, este mercado gera em torno de 225 mil empregos indiretos.

Cerca de 20% da fatia de DMAs no Brasil é de reagentes para diagnóstico in vitro (IVD), seguido de materiais e suprimentos (19%), equipamentos hospitalares (19%), próteses e implantes (15%), aparelhos para diagnósticos (14%), equipamentos de imagem e insumos (8%), aparelhagens de odontologia (3%) e mobiliário (2%).

Para o presidente da ABIIS, Carlos Eduardo Gouvêa, entre as inúmeras razões para os baixos investimentos em dispositivos médicos  está o difícil acesso a itens fundamentais para uma terapia cada vez mais eficaz e segura, por falta de incorporação no sistema - pelo SUS ou por Operadoras de Saúde- ou até mesmo por desconhecimento de sua importância. Para Gouvêa, um exemplo disso é o caso de alguns diagnósticos que poderiam atuar precocemente na prevenção de determinadas doenças.  "Este desconhecimento não é apenas da população leiga, mas muitas vezes é de profissionais de saúde que acabam não acompanhando a evolução da inovação no setor de tão dinâmica que é", afirmou em release.

Estima-se que o retorno do investimento em DMAs seja grande.  “Por ser um segmento muito atuante em inovação incremental, onde a pesquisa e o desenvolvimento partem de sugestões e ideias oriundas dos próprios profissionais de saúde, consegue-se assim aproximar-se cada vez mais da real necessidade do mercado. Por outro lado, os profissionais empregados no segmento têm de atualizar-se permanentemente do ponto de vista técnico e científico, elevando o nível de educação de todo um grupo”, concluiu Gouêa em release para o mercado.