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Laboratórios privados realizaram 8,4 milhões de exames RT-PCR para diagnóstico da COVID-19 no primeiro semestre de 2021

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Total ultrapassa o montante feito ao longo de todo o ano de 2020; média mensal também é superior à dos seis meses anteriores

O Brasil iniciou a vacinação contra a COVID-19 em janeiro e, mesmo com o avanço da imunização, os laboratórios privados nacionais seguem realizando uma alta quantidade de exames para detecção da infecção pelo novo coronavírus. Tanto que no primeiro semestre de 2021 já foram realizados mais exames do que durante todo o ano passado.

Dados compilados pela Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed) mostram que, entre as empresas associadas - que respondem por cerca de 60% de todos os exames realizados pela saúde suplementar no país, entre janeiro e junho deste ano, foram realizados 8,4 milhões de testes RT-PCR, exame molecular de alta complexidade considerado, pela Organização Mundial da Saúde (OMS), o padrão ouro para diagnóstico da doença. Entre março – início da pandemia – e dezembro de 2020, essas mesmas empresas computaram a realização de 8,1 milhões de exames.

Considerando esses dados, entre março e junho de 2021 temos uma média mensal de RT-PCR quase cinco vezes superior à obtida no mesmo período em 2020. A quantidade de testes ao mês passou de 238,9 mil para 1,4 milhão. Esse volume demonstra que o potencial de realização de testes no território nacional cresceu consideravelmente, com a demanda. Nesse sentido, as associadas à Abramed intensificaram a oferta e a capacidade de produção de testes e de processamento de diagnósticos enviados aos Laboratórios de Referência.

“Quando o novo coronavírus chegou ao Brasil, alguns poucos laboratórios públicos e os laboratórios privados iniciaram uma movimentação para desenvolver, in house, os primeiros exames moleculares para diagnóstico dessa patologia. Esse aumento significativo mostra que essa atuação protagonista dos laboratórios foi essencial para podermos rapidamente ampliar a capacidade de processamento de testes garantindo o acesso da população brasileira à testagem”, comenta Wilson Shcolnik, presidente do Conselho de Administração da Abramed. Dessa forma, o cenário inicial de falta de testes foi rapidamente suprido pelo empenho dos laboratórios e da indústria de insumos, que agiram estrategicamente para atender a demanda.

Evolução mensal do número de exames RT-PCR Abramed

Comparando a quantidade de testes realizados em 2020 com as informações de 2021, vemos que no ano passado – principalmente entre março e agosto – houve um crescimento contínuo e progressivo do número de exames RT-PCR, em sintonia com a evolução do número de casos confirmados da doença. Em março, primeiro mês da pandemia, foram feitos cerca de 27 mil testes e, em agosto, mais de 1 milhão. Nesse período, a taxa de transmissão do vírus encontrava-se em patamar elevado.

Trata-se de uma variação positiva bastante significativa mês a mês. Entre setembro e outubro nota-se uma queda – o que coincide com a queda no número de casos confirmados e óbitos registrados no país no período – e a partir de novembro um novo aumento expressivo da quantidade de testes realizados e de novos casos da Covid-19 no país.

Já em 2021, há uma certa estabilidade na quantidade realizada. Foram realizados 1,5 milhão de testes RT-PCR em janeiro. Em fevereiro, uma redução de cerca de 21%, porém em março a quantidade retorna ao patamar de 1,5 milhão. A partir de abril, os números começam a demonstrar uma leve queda até fechar o semestre com um total de 8,4 milhões.

RT-PCR e Sorológicos

Partindo para uma análise geral dos testes de COVID-19, que envolvem tanto os RT-PCR quanto os exames sorológicos para detecção de anticorpos realizados pelas associadas à Abramed, registou-se um total de 14 milhões de testes no primeiro semestre de 2021, aumento de quase 38% no comparativo com os seis meses anteriores (julho a dezembro de 2020).