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Não basta parecer digital, é preciso ser

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A telemedicina virou parte do dia a dia do brasileiro. E, assim, a tecnologia, que sempre dividiu opiniões quando ligada à área da saúde, consolidou-se como principal aliada em um momento de pandemia. Foi a responsável por proporcionar cuidado e conexão em um momento de isolamento físico.

Enquanto as pessoas precisavam ficar em casa, foi através do celular ou do computador que elas chegavam à consulta médica, tiravam dúvidas de uma prescrição de remédio, compravam o que precisavam. Quem diria que aquela que ameaçava o contato físico, tão necessário em uma avaliação do corpo humano, seria a peça-chave para preservar a saúde física e mental de tanta gente.

Ao longo do último ano, no entanto, o que mais vimos foram empresas se dizendo digitais. Acontece que, enquanto todas parecem digitais, poucas, de fato, são. Atrás das câmeras, o cenário quase que geral é de ambientes corporativos analógicos. Uma realidade que precisa mudar. Até porque estudos recentes da Global Market Insights apontam que o mercado mundial de telemedicina deve expandir para US$ 131 bilhões até 2025. Ou seja, será difícil sustentar uma falsa imagem de digital por tanto tempo.

A realidade exige a digitalização dos dados, a integração das informações, o acesso remoto a laudos e exames, o atendimento preventivo e o cuidado individualizado. E as operadoras, corretoras, hospitais e clínicas, deverão seguir nessa direção. É o único jeito de se manter saudável e vivo em um setor que só tem visto doença e morte.

A digitalização da saúde permite encurtar jornadas e, mais do que isso, acessar especialistas que podem estar distantes com mais informações em mãos para oferecer o cuidado adequado. Ignorar esse ganho é fechar os olhos para o que está à nossa frente. Mas assim como o cuidado sozinho não teve força sem a tecnologia, a tecnologia não vai a lugar algum sem o cuidado. Por isso, ganha quem consegue usar a tecnologia de forma humanizada. Ganha o fornecedor, ganha o cliente. Ganha a sociedade.

Sobre a autora

Isadora Kimura, sócia da Nilo Saúde