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O Google administrará o plano de saúde dos meus filhos?

Article-O Google administrará o plano de saúde dos meus filhos?

Uma tendência muito utilizada no universo do Engajamento, como se vê de cara, são as Social Health Networks.

Os primeiros artigos da nossa nova coluna, aqui no SB, tiveram mais de 1.000 compartilhamentos no LinkedIn e Facebook, estiveram em todas as listas dos mais lidos da semana no site e produziram mais de 50 mensagens recebidas - e que ainda não tive tempo de responder como normalmente gosto de fazer.

Em se tratando de um tema tão “nichado”, como Engajamento em Saúde, é uma marca bacana (fiquei feliz e agradeço a você pelo interesse), mas isso serve, sobretudo, para demonstrar o quanto precisamos falar mais e mais sobre esse assunto.

Dentre tantas mensagens recebidas vi que surgiram muitos questionamentos sobre o “fit” de certas iniciativas no Brasil e para isso quero começar a temperar meus artigos com mais cases locais.

Também notei que a sobreposição de nomes como Facebook e Uber ao universo da Saúde causa certo “frisson” e isso é bastante compreensível, embora as conclusões às vezes sejam meio exageradas. Dentre outras estranhezas ouvi coisas do tipo: Mas será que o plano de saúde dos meus filhos será administrado pelo Larry Page?

Enfim.

Por essa e por outras, essa semana pensei em compartilhar um diagrama que mostra um pouco melhor ONDE essas tecnologias se cruzam e COMO se cruzam com o “real world” da Saúde (just take the red pill).

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Uma tendência muito utilizada no universo do Engajamento, como se vê de cara, são as Social Health Networks. Tratam-se de plataformas sociais capazes de CONECTAR médicos a pacientes e pacientes a pacientes a fim de produzir feedbacks e compartilhar dados, experiências e conhecimento.

Outra presença fortíssima no segmento é a Mobile Health, que compreende uma infinidade de aplicativos e sensores / vestíveis que visam COMUNICAR E COLECIONAR DADOS, possibilitando o rastreamento do histórico do paciente e fazendo alertas durante a sua jornada.

Uma terceira tendência que também tem ajudado a produzir belos cases de Engajamento é o da Telessaúde e Monitoramento Remoto, que visa realizar a ENTREGA ASSISTENCIAL sem que seja necessária a presença física do paciente e do profissional – pelo menos não no mesmo espaço.

Temos então o grupo de Saúde Pessoal, que visa impactar a PROMOÇÃO, PREVENÇÃO E GESTÃO da saúde através da Educação e Acesso aos Registros Médicos pelo próprio paciente e, por fim, novas soluções de Compra e Avaliação de produtos e serviços ligados ao universo da Saúde – como as plataformas de AGENDAMENTO, COMPARAÇÃO DE PREÇOS e COMPRA DE CONSULTAS.

Uma outra grande frente que também está começando a ser testada por grandes players, e que são igualmente centradas na experiência do usuário, diz respeito à sopa de letrinhas A.I, IoT e VR/AR. Em breve novidades.

Como você pode notar, são quase todas tecnologias que se popularizaram em empresas de internet e mídia, mas que podem (e devem) ser utilizadas na Saúde, embora você não precise virar um Steve Jobs para incorporar nada disso ao seu negócio, basta abrir o olho (take the red pill) para as opções já existentes.

Pessoalmente tenho uma certa dificuldade em enxergar uma empresa como o Google administrando planos de saúde – pelo menos como os conhecemos hoje - mas tenho visto tanta coisa nos últimos anos que não ponho a mão no fogo por nenhuma manutenção de status quo pelos próximos 10 anos.

O fato é que, de uma forma ou de outra, esse atual estado de coisas tanto na Saúde quanto fora dela cria – sim - espaço para novos entrantes e novas propostas de valor que ninguém percebeu ou preencheu ainda e – claro – nesses casos é bem possível vermos coisas inusitadas surgindo logo adiante.

Afinal, meus caros, este é um setor que precisa se reinventar rápido. E novos entrantes costumam ajudar a “quebrar o gelo” em momentos como esse.

Fiquem ligados!

Istvan Camargo é especialista em engajamento de pacientes. Foi membro do Comitê Científico da Health 2.0 Latam e residente digital do Centro de Mídias Sociais da Mayo Clinic / USA. Atuou como Chief Innovation Officer do Grupo Notredame Intermédica. Realizou palestras sobre o tema em conferências como Social Media Week, Campus Party e HIS. Em 2012 fundou a primeira rede social de saúde do país, na qual tem realizado projetos para Indústria Farmacêutica, Centros de Pesquisa, Saúde Suplementar, dentre outros, engajando grupos de pacientes das mais diversas patologias.