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O que está acontecendo na gestão hospitalar?

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Diversas mudanças podem ser vistas na gestão hospitalar e a troca de experiências é parte essencial para a discussão.

Mudanças rumo à implantação de prontuário eletrônico nos hospitais, bem como direcionamento rumo a novas formas de pagamento como discutimos no artigo “O que é fee-for-value-afinal?”,  estão acontecendo tanto no Brasil como nos EUA, esse artigo recente do Modern Healthcare ilustra as mudanças que estão acontecendo nos hospitais que também já estão refletidas nos hospitais do Brasil de acordo com o último Observatório da ANAHP (Associação Nacional dos Hospitais Privados).

O aumento do número de usuários de convênios, movimento que está acontecendo nos dois países por razões diferentes, tem aumentado a demanda dos hospitais, porém os custos de suprir essa nova demanda tem aumentado em ritmo mais acelerado do que o crescimento do faturamento.

Um report da agência Standard & Poor’s de 2013, mostrou que os custos estão aumentando em 7% enquanto o faturamento aumentou em 5%, o que está diminuindo as margens operacionais. A competição por profissionais em um mercado aquecido aumenta os custos com salários, e a necessidade por profissionais com diferentes skills, como habilidade com prontuários eletrônicos, também piora a competição por um número reduzido de profissionais.

Outro hospital da Universidade da Flórida, reporta no mesmo artigo um aumento de 8,2% nas admissões hospitalares, que significou um aumento de apenas 3% no faturamento, com 8,6% de aumento com custos de salários e benefícios para os funcionários.

Custos com salários representam 40-60% dos custos totais de um hospital, e essa tem sido uma área de constante foco quando se fala em redução de custos hospitalares.

Na segunda metade de 2013, a Universidade de Saúde de Indiana cortou mais de 900 empregos, e ofereceu aposentadoria precoce para outro grupo de funcionários como parte de um projeto de redução de US$ 1 bilhão de dólares em custos.

Outras formas de gerenciar esses custos tem sido dar flexibilidade aos cargos, de forma que uma mesma pessoa exerça múltiplas funções, o uso de analytics para prever demanda de pacientes, e a criação de um grupo de profissionais part-time ou sazonais que podem ser compartilhados entre diferentes áreas de um hospital ou mesmo entre diferentes hospitais.

Como vemos, por razões diferentes, similares situações estão acontecendo na relação entre pagadores e prestadores com grande impacto na gestão hospitalar. Ideias comuns podem ser aplicadas e experiências trocadas podem beneficiar os sistemas de forma que soluções sejam encontradas mais rapidamente e o aumento de demanda e do número de convênios, o que deveria ser considerado uma coisa boa para os hospitais, seja, de fato, uma boa notícia.