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O que é Saúde Populacional? Um mercado de US$ 40 Bilhões de Dólares em 2018

Article-O que é Saúde Populacional? Um mercado de US$ 40 Bilhões de Dólares em 2018

Pra quem já está na saúde há algum tempo, percebeu que todo ano surgem algumas palavras e metodologias da moda, e quem as anteviu preparou suas consultorias e eventos. Algumas modas são só barulho, outras realmente são maneiras de organizar alguns métodos antigos com alguns conhecimentos novos de um jeito mais prático, e quem sabe, aplicável.

Uma das palavras chaves que pipocaram recentemente foi “saúde populacional”. Eu já tinha ouvido falar disso há alguns anos quando a associação do setor começou a ser criada, e um pouco quando o Fleury contratou a HealthWays pra fazer gestão de crônicos, mas ficou nisso mesmo.

Há algumas semanas houve o Congresso de Saúde Populacional que, de acordo com a organização, reuniu 400 pessoas, e a buzzword voltou um pouco à discussão. Mas o que é Saúde Populacional, afinal?

Antes de colocar a mão na jaula, é melhor sabermos o tamanho do animal. De acordo com uma pesquisa recente da Markets&Markets, o Mercado de Saúde Populacional será um mercado de US$ 40.6 Bilhões em 2018. Tendo sido estimado de US$ 12.8 Bilhões em 2013 e crescendo 26% ao ano em média a partir de então.

De acordo com o site da Associação para a Saúde Populacional (ASAP), que tem na sua diretoria representantes de empresas como Amil, Bradesco Saúde, AxisMed/Telefônica, Sul América, entre outros, a Gestão de Saúde Populacional (GSP) “é a linha condutora existente que auxilia na análise do impacto das determinantes de saúde e conhecimento do risco de uma população, visando a definir ações através das melhores práticas e medir resultados com base em indicadores populacionais. Dessa forma, a GSP integra e coordena os componentes (fornecedores) da gestão de saúde populacional, respeitando a cultura e o ambiente nos quais a população está inserida.”

O portal da Associação descreve ainda quais seriam os principais players essenciais para que essa gestão adequada de saúde um nível macro aconteça:

  • Empresas de Assistência médica;
  • Empresas de wellness (promoção da saúde);
  • Empresas de gerenciamento de saúde pessoal (case management, GDC e Health coaching);
  • PBM e Indústria Farmacêutica;
  • Medicina ocupacional;
  • Empresas de educação e conteúdo para saúde;
  • Demais empresas que valorizam a saúde de sua população.

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Reprodução: Site da ASAP

De acordo com o HIT, os principais fatores no mundo estimulando que mudanças em relação à melhores práticas como essa aconteçam são as leis do Obamacare / Affordable Care Act nos EUA (e todo o dinheiro despejado no sistema de saúde pra isso), a demanda por melhor assistência, o aumento da população idosa, e o próprios incentivos do governo para adesão de programas de saúde populacional. De acordo com o mesmo artigo, os maiores mercado ainda para essas práticas ainda são, respectivamente: EUA, Europa e Àsia, e a disseminação da TI na área de saúde vai permitir com que a gestão de saúde populacional se torne cada vez mais complexa e alto nível preditivo.

O setor nos EUA é bastante fragmentado, e entre as principais empresas atuando com GSP estão Allcripts, Health Catalyst, Phytel, Mckesson Corporation, Verisk Health, i2i Systems, WellCentive, Conifer Health Solutions, Explorys e Healthagen. No Brasil, a HealthWays tem se posicionado há algum tempo como referência para empresas do setor, mas pela presença forte dos grandes players da ASAP, vejo boa chance de boa parte das grande empresas preferirem, pelo menos no curto prazo, desenvolverem soluções próprias para suas realidades. A questão principal é se encontrarão internamente profissionais qualificados para tais atividades, que envolvem profundo conhecimento médico, conhecimento de saúde pública, custos, gestão de crônicos, promoção e prevenção, entre outros.

Como é extremamente difícil que uma empresa tenha todas essas competências internamente é essencial que os players sentem para conversar e trocar não apenas figurinhas, porque completar álbum não muda a vida dos pacientes, mas sim estejam dispostos a abrir um pouco mais suas carteiras (pra investir em prevenção, talvez?) e seus dados (para de fato existir algum big data em um país cujos dados começam com viés e acabam por falta de verba pra terminar a pesquisa, ou que não são compartilhados com medo de se perder a inteligência ou o cliente, ou talvez de ser obrigado a ser mais eficiente do que se saber ser).

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