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Os desafios da TI na Secretaria da Saúde do RJ

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Estivemos com Wagner Barcelos, Assessor Chefe de TI da Secretária de Saúde do Estado do Rio de Janeiro, responsável por toda a TI da Secretaria e das 54 Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e 32 Hospitais do Estado.

Discutimos diversas questões importantes para o setor, bem como o estado atual da Tecnologia da Informação nas Unidades de Saúde do Estado (para um relatório mais completo sobre esses dados para todo o país, acesse TIC2013).

Dos UPAs e Hospitais citados acima e geridos pelo Estado, aproximadamente 50% são geridos por Organizações Sociais (OSs), o que na TI significou que cada uma dessas empresas contratou um prontuário diferente (entre eles WPD, Tazy, MV etc), o que gera uma dificuldade de integração entre os dados. Nas unidades de saúde controladas ainda pelo Estado com sistema próprio a solução desenvolvida é da Eco Sistemas. Dentres essas organizações, as principais OSs atuando no Rio de Janeiro hoje são: VivaRio!, HMTJ, Instituto Lagos Rio, Instituto D’Or Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina (SPDM) e Congregação Santa Catarina.

Para resolver esse problema, a Secretaria planeja o lançamento ainda esse ano de uma solução de Business Intelligence (BI) para ser um repositório das informações de todos esses sistemas compilados. E no próximo ano ter um prontuário eletrônico único da Secretaria que vai reunir os mesmo dados desses diversos prontuários porém com uma visão menos gerencial e mais de saúde pública.

Discutimos ainda as dificuldades geográficas da gestão da TI em saúde no Rio de Janeiro. As áreas que mais demandam atenção da Secretaria do Estado hoje são a própria cidade do Rio de Janeiro, Niterói, São Gonçalo e a Baixada Fluminense. Uma das grandes dificuldades na criação de um sistema integrado de TI é a dificuldade de conexão banda larga entre essas unidades, principalmente nas regiões mais distantes, em que o custo de manutenção é proibitivo ou a dominação das favelas por grupos criminosos dificulta a entrada e saída de empresas de telefonia, por exemplo.

Wagner Barcelos comentou que o governo está criando, já em fase avançada, uma Parceria Público-Privada (PPP) para cabear todas as unidades de saúde do Estado e outros órgãos públicos, semelhantemente ao que foi feito no Estado do Ceará.

Questionado sobre o relacionamento entre as entidades municipais, estaduais e federais, Wagner disse que infelizmente ainda há pouco relacionamento entre os entes, mas que conversam mais do que em outros governos anteriores em que as entidades eram controladas por partidos políticos diferentes. Mas ainda não há um plano para evitar sobreposição de investimentos pela Secretaria de Saúde do Estado e a Secretaria de Saúde do Município, por exemplo, e, diferente de outros estados do Brasil, o Rio de Janeiro ainda tem uma forte presença de hospitais federais (8 grandes hospitais), controlados diretamente pelo Ministério da Saúde.

É trazendo esses e outros debates, que damos boas-vindas à quem se tornou o mais novo colunista do EmpreenderSaúde! Wagner Barcelos, welcome aboard!

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