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Qual o futuro das consultas médicas?

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O cenário do consultório médico é frequentemente uma imagem estressante para os pacientes. As longas esperas para as consultas às vezes rápidas parecem não valer a pena. Algumas vezes, pacientes perdem um dia inteiro entre o deslocamento e o aguardo para ver o profissional apenas para um retorno com um resultado de exame. E qual é o futuro?

O cenário do consultório médico é frequentemente uma imagem estressante para os pacientes. As longas esperas para as consultas às vezes rápidas parecem não valer a pena. Algumas vezes, pacientes perdem um dia inteiro entre o deslocamento e o aguardo para ver o profissional apenas para um retorno com um resultado de exame.

Nos Estados Unidos, essa situação parece estar mudando. Muitos médicos começam a adotar as consultas remotas como forma de facilitar a relação médico/paciente. Elas são feitas geralmente por telefone, Skype ou videoconferências. A maioria dos profissionais baseia seus diagnósticos no histórico do paciente e na forma que eles descrevem e mostram seus sintomas, pedindo, quando necessário, exames ou fotos dos problemas apresentados. A tecnologia parece ser uma maneira mais simples e mais econômica de fazer consultas rápidas. Estima-se que os americanos gastem até 50% menos em visitas por meio da telemedicina.

Com o intuito de complementar os serviços médicos, os apoios tecnológicos podem permitir que pacientes se consultem com seus médicos à longas distâncias. Lembrando que a regulamentação americana faz necessária a licença para praticar tanto na área em que o profissional está, quanto onde se encontra o paciente.

As vantagens de consultas à distância são inúmeras, como o tratamento de pacientes psiquiátricos que sofrem de distúrbios do pânico. Para o médico, pode ser importante ver o indivíduo em um ambiente de seu próprio domínio, onde ele fica mais à vontade para se expressar, sem experimentar sintomas de ansiedade.

Os profissionais que usam da telemedicina também podem auxiliar prestando assistência em lugares remotos, onde há falta de profissionais de saúde, sem atrapalhar sua agenda de compromissos. O utilitário pode ser usado ainda para acompanhar pacientes com condições crônicas, como diabéticos que podem enviar seus exames de glicose por e-mail ao médico regularmente.

Porém, as consultas remotas não podem ser uma rotina, já que grande parte dos profissionais defende que não há nada que substitua a interação frente a frente entre médico e paciente. Existe também um receio de que alguns diagnósticos sejam mal feitos por conta da distância, afinal, alguns sintomas só podem ser identificados durante consultas presenciais.

Algumas startups estão investindo nas consultas à distância, como a DermLink, que oferece consultas e diagnósticos dermatológicos pela internet, e a Oscar, um plano de saúde que concede aos clientes ligações a médicos 24 horas por dia. Há também empresas como a Telecure, que dispõe de consultas médicas por telefone a baixo custo.

Enquanto os prós e contras da telemedicina são avaliados, uma pesquisa da Cisco, de 2013, revela que 74% dos pacientes do mundo estão abertos à consultas virtuais. Entre os brasileiros, 76% deles usariam da medicina remota.

As consultas remotas parecem estar distantes da realidade brasileira. O Código de Ética Médica proíbe o uso de tecnologias para consultar e tratar pacientes à distancia, seja por telefone, Skype ou videoconferências.

A tecnologia, claro, não pode ser usada em casos de urgência e de sintomas graves, onde o recomendável é ir ao pronto socorro mais próximo. Sintomas ambíguos, como dores abdominais de tonturas, por exemplo, também não podem ser diagnosticados à distância.

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