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Saúde masculina: healthtech Omens recebe aporte de R$ 1,4 mi

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Não é novidade o tabu em torno das dificuldades sexuais masculinas, principalmente os distúrbios sexuais. Muitos, por vergonha de expor o problema, deixam de lado o auxílio profissional. Em contrapartida, nem sempre os pacientes têm acesso a urologistas, médicos especializados no aparelho reprodutor masculino. Foi justamente para unir essas pontas que surgiu a Omens, healthtech brasileira que recebeu um aporte de R$ 1,4 mi para conectar os homens às consultas via telemedicina, integrando diagnóstico e tratamento medicamentoso em uma única plataforma on-line.  

“Por vezes, chegar ao tratamento adequado parece um percurso de obstáculos: é preciso encontrar o médico disponível na região, que tenha uma consulta com preço razoável para, então, tentar agendar um horário”, afirma Olivier Capoulade, CEO da Omens. Essa foi uma das inspirações da plataforma, que acaba de ser lançada no Brasil para reunir médicos especialistas em disfunções sexuais a preços acessíveis, além de reunir no mesmo ambiente drogarias para facilitar a adesão aos tratamentos.

Capoulade lembra: “já existe uma cultura entre as mulheres de se consultar rotineiramente com ginecologistas, e a oferta dessa especialidade é muito maior. Nossa ideia é diminuir o gap ligado aos urologistas fazendo com que os homens tenham acesso ao especialista”.

Dados mostram que até 55%2 dos homens deixaram de procurar algum tipo de tratamento durante a pandemia, por exemplo. O Dr. João Brunhara, urologista pela Faculdade de Medicina da USP, afirma que o número pode ser ainda maior e independe do momento atual. “Muitos pacientes têm vergonha de buscar ajuda e acabam postergando a ida ao médico, especialmente ao urologista”, explica. Ao todo, o Brasil possui aproximadamente 5 mil urologistas com título de especialista, dos quais 1,5 mil estão concentrados no Estado de São Paulo.

O médico afirma também que quase dois terços dos homens com problemas sexuais não irão consultar um especialista. Além disso, boa parte dos que se consultam acabam não comprando medicamentos também por vergonha de ir até uma farmácia. “Essa é a oportunidade desse público ter acesso ao tratamento que precisa”, complementa o profissional.

Solução diferenciada

Ao concentrar urologistas especializados em saúde sexual masculina, a plataforma facilita desde a busca pelo médico até o tratamento. “Nosso propósito é oferecer o pacote completo: informação de qualidade, teleconsulta e farmácias”, enumera o CEO da Omens, ao reforçar que trata-se de um negócio estruturado para acompanhar o paciente das informações iniciais sobre disfunções sexuais masculinas à busca pelos medicamentos prescritos.

“A inspiração veio de iniciativas que fazem muito sucesso nos EUA e na Europa. Acreditamos que existe no Brasil um mercado para libertar um pouco esses assuntos sobre os quais ninguém fala hoje em dia. A coisa poderia ser um pouco mais leve e é o que vamos tentar mostrar!”, reforça Capoulade.

A plataforma recebeu um aporte de R$ 1,4 milhões de investidores anjos que acreditaram no potencial do negócio por conta da capilaridade, baixo custo operacional, grande público-alvo e alto valor agregado aos médicos, pacientes e farmácias.

A pandemia acelerou o interesse por consultas remotas, algo positivo para todo o segmento de Saúde, mas não é esse o principal diferencial da Omens. 

Tudo a poucos cliques

No site, há um percurso verticalizado por tipo de problema. Um paciente com dificuldade de ereção, por exemplo, em vez de procurar informações na internet, remédios em sites duvidosos ou com uma grande variação de preços e tentar achar um médico, poderá encontrar tudo isso em um único local. 

Em poucos cliques, o paciente consegue agendar uma consulta on-line, com o método da sua escolha (vídeo, mensagem ou telefone), escolher o profissional via lista de médicos já validados pela experiência em sexualidade (breve currículo), além de ver a agenda dos próximos dias. 

Outros benefícios também inclusos: receber na plataforma, pouco depois da consulta, o relatório médico, as prescrições assinadas com certificado digital (caso necessário) e encomendar on-line os remédios para receber em casa. Tudo isso com valores acessíveis.

Em outra frente, o médico pode realizar consultas de onde quiser, aproveitar a terceirização do administrativo (agendamentos, pagamentos etc) e acessar os prontuários. 

“A minha percepção e a de muitos de meus colegas urologistas é de que na maior parte dos casos as disfunções sexuais masculinas podem ser tratadas remotamente” afirma o Dr. Brunhara, ao lembrar que há um caminho a ser percorrido para a mudança de cultura dos brasileiros em relação a busca por tratamento e que a telemedicina pode ser uma forte aliada nisso.

Capoulade finaliza: “temos a oportunidade de fazer a diferença na saúde e na vida das pessoas. Essa é a nossa meta mais importante”.