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Será que abrir um negócio já entrou na agenda dos estudantes brasileiros ?

Article-Será que abrir um negócio já entrou na agenda dos estudantes brasileiros ?

Ter uma empresa deixou de ser visto como uma espécie de "plano B" para estudantes universitários, quando o assunto é o futuro profissional. Uma pesquisa da Endeavor, organização internacional de incentivo ao empreendedorismo, realizada em 16 universidades brasileiras indica que dois terços dos estudantes de nível superior têm ou gostariam de ter um negócio próprio. E 48,2% já consideram empreender uma das principais opções ao planejar sua carreira após formados.

"O ambiente econômico mudou. Ter pequena empresa no país não é mais feio. O que dá vitalidade para uma economia é o número de pequenos negócios de sucesso", afirma o diretor do Centro de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico da Universidade de Brasília (CDT/UnB), Luis Afonso Bermúdez.

Essa mudança de perspectiva leva um número cada vez maior de estudantes a planejar e, eventualmente, lançar sua própria "startup". Foi o caso dos brasileiros vencedores da categoria Games para Xbox, da Imagine Cup 2011, uma espécie de Olimpíada de tecnologia para universitários que, na última edição, reuniu em Nova York, nos Estados Unidos, 358 mil estudantes de 183 países.

Após o feito, os universitários Thiago Ribeiro, Rafaela Costa, Fernanda da Costa e Rafael Kamineko foram assediados por grandes empresas de software e de jogos eletrônicos. Mas decidiram montar sua própria empresa. "É a nossa chance de fazer a diferença", afirmou o quarteto depois da conquista.

O Startup Weekend, realizado em Brasília em fevereiro, faz parte de uma rede de eventos que já passou por 25 países. O organizador da etapa brasileira, Roberto Braga, diz que a participação surpreendeu. "Limitamos o número de concorrentes a 100 empreendedores e 20 dias antes já estávamos com inscrições completas." Os participantes criaram suas "startups" ao longo dos três dias da competição. O vencedor foi o "Eu, consultor", uma ferramenta on-line para organizar pedidos e ajudar no relacionamento com clientes para a venda direta.

Os números do programa BizSpark, da Microsoft, lançado em 2008 no Brasil para apoiar "startups" de tecnologia, com consultoria e uso de softwares gratuitos, mostram o crescimento do número de empresas do gênero no país. Em 2009, o grupo alcançava 1,1 mil projetos. No ano seguinte, a quantidade subiu para 1,5 mil e, neste ano, já chegam a 2 mil empreendimentos. (ST)

Fonte: Valor Econômico, 28/02/12