faz parte da divisão Informa Markets da Informa PLC

Este site é operado por uma empresa ou empresas de propriedade da Informa PLC e todos os direitos autorais residem com eles. A sede da Informa PLC é 5 Howick Place, Londres SW1P 1WG. Registrado na Inglaterra e no País de Gales. Número 8860726.

Unicamp desenvolve aparelho que pode ajudar no tratamento de câncer de pulmão e síndrome pós-covid

Article-Unicamp desenvolve aparelho que pode ajudar no tratamento de câncer de pulmão e síndrome pós-covid

Unicamp desenvolve aparelho que pode ajudar no tratamento de câncer de pulmão e síndrome pós covid .jpg
Atuação é para tratamento de câncer no pulmão e síndrome pós-covid

Um grupo multidisciplinar de pesquisadores da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) desenvolveu um novo dispositivo para terapia muscular respiratória (TMR). A TMR é indicada para quadros de fraqueza muscular respiratória decorrentes de várias doenças e pode substituir equipamentos importados e descartáveis.

O dispositivo é reutilizável e reúne duas funções, de inspiração e expiração, além de auxiliar na realização de exercícios que proporcionam a melhora no quadro de dispneia (sensação de insuficiência respiratória), em pacientes com fraqueza nos músculos usados na respiração.

O aparelho é indicado para a reabilitação de pacientes com doenças que impactam a oxigenação do sangue, como o câncer de pulmão, doenças crônicas, como asma e enfisema pulmonar, além da síndrome pós-covid-19. Os benefícios da terapia muscular respiratória são muitos, mas principalmente o de permitir que o paciente retome, aos poucos, suas atividades diárias.

Pacientes com a síndrome pós-covid-19 mantêm a dispneia mesmo após se recuperar da infecção e, por isso, a fisioterapia respiratória pode ajudar na recuperação do quadro. Em muitos casos, os pacientes não têm mais nenhum sintoma da doença mas continuam fatigados e sem a força muscular necessária para executar a respiração de maneira satisfatória.

Como funciona o aparelho?

O aparelho é compacto e se assemelha ao formato de uma seringa, com uma câmara e uma válvula acionada por mola. O modelo de simples operação e construção substitui equipamentos produzidos em outros países, eliminando custos de importação. De acordo com os inventores, o modelo desenvolvido na Unicamp em fase de protótipo pode até ser levado para a casa do paciente, com a possibilidade de ser facilmente montado e desmontado por adultos, idosos e até crianças, por causa de seus encaixes que evitam erros.

O dispositivo de TMR auxilia no tratamento de forma não invasiva, exercendo resistência à passagem do ar expirado e inspirado. O paciente fortalece os músculos e melhora a respiração “treinando fisicamente” o pulmão, por causa da força que tem que fazer para ultrapassar a carga pré-estabelecida que age como uma barreira física.