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Unidades de São Paulo serão interligadas por suporte virtual

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- Divulgação
Programa Telessaúde São Paulo Redes é instituído e pretende viabilizar teleconsultorias, telediagnósticos, tele-educação e segundas opiniões entre UBS e instituições de referências

Com resultados efetivos em regiões remotas do País, a telemedicina chega à rede municipal de São Paulo com o Programa Telessaúde São Paulo Redes, lançado nesta última terça-feira (30), na sede da administração municipal. A iniciativa garante que médicos tenham acesso a um sistema de suporte on-line com foco no atendimento do Sistema Único da Saúde (SUS).

O prefeito Fernando Haddad acompanhou a cerimônia, que contou ainda com a presença do secretário-adjunto da Saúde, Paulo de Tarso Puccini e da primeira-dama Ana Estela Haddad, que assumiu a coordenação do recém-instaurado Comitê Municipal de Telessaúde.

Instituído em parceria com o Ministério da Saúde, o Programa vai aproveitar a experiência já adquirida pelo Programa Telessaúde Brasil Redes, criado em 2007 pelo ministério. A ferramenta é, inclusive, reconhecida pela Organização Pan-Americana da Saúde, organismo internacional ligado à Organização Mundial de Saúde (OMS), como referência mundial em teletecnologia na promoção e na ampliação do acesso aos cuidados em saúde.

Funcionamento
A ferramenta viabilizará, por exemplo, a realização de teleconsultorias, telediagnósticos, tele-educação e segundas opiniões formativas por meio de tecnologias da informação implantadas em Unidades Básicas de Saúde (UBS) e instituições de referência. Dessa forma, espera-se que haja um ganho de eficiência em todo o sistema.

"Nós conseguiremos, por exemplo, uma segunda opinião quase que imediatamente. Um clínico-geral que tem uma dúvida que poderá ser sanada com uma consulta de teleconferência poderá acionar um especialista e, sem o encaminhamento, já dar uma resposta imediata para o paciente. Então pouparemos uma consulta, um exame, pelo simples fato do clínico-geral estar conectado com um especialista", disse o prefeito Haddad.

Estrutura
A gestão do novo programa será estruturada primeiro por uma Coordenação Municipal, ligada diretamente à Secretaria Municipal de Saúde (SMS) e de interface com o ministério, com o Estado e com demais municípios. Além do Comitê Municipal de Telessaúde, coordenado por Ana Estela Haddad.

Integram o comitê representantes de instituições referências na área da Saúde, entre as quais o Hospital Israelita Albert Einstein, o Hospital Beneficência Portuguesa, o Hospital do Coração, o Amparo Maternal e a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). De acordo com comunicado ao mercado, caberá ao órgão o assessoramento da SMS na gestão do programa, com a participação das discussões das diretrizes e também com o fomento de redes de conhecimento.

Abaixo do Comitê existirá os Núcleo Técnico-Científico de Telessaúde, composto por diversas equipes, uma para cada especialidade. Elas serão responsáveis pela formulação e oferta de respostas às teleconsultorias e telediagnósticos, pela elaboração de uma segunda opinião formativa e pela realização de atividades de tele-educação.

Por fim, estarão os Pontos de Telessaúde, serviços a partir dos quais os profissionais do SUS demandarão teleconsultorias ou telediagnósticos. Desde agentes comunitários até mesmo os médicos poderão formular perguntas. Em até dois anos, a SMS deverá implementar Pontos de Telessaúde em 340 unidades de saúde, entre UBSs, Hospitais e Prontos-Socorros Municipais, Supervisões de Vigilância em Saúde (Suvis) e Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas (CAPS 3). A meta para o primeiro ano é de cem pontos.

"A contribuição poderá não ser visível pelo cidadão porque não será um serviço que atenderá a ele diretamente, mas um serviço que vai dar suporte para o profissional de saúde. Com o tempo e com a estruturação do programa, sem dúvida nenhuma - e isso já é comprovado em âmbito nacional -, o programa trará benefícios ao evitar que o paciente precise ir a mais serviços para receber um atendimento. Com isso, nós teremos um atendimento mais resolutivo", afirmou Ana Estela.

O Núcleo funcionará 24 horas, ininterruptamente. Já os Pontos de Telessaúde terão funcionamento concomitantemente ao do equipamento a que estão ligados. A teleconsultoria poderá ser realizada em tempo real - seja por telefone, chat, web ou videoconferência -, ou então por meio de mensagens off-line, isto é, emails, em casos não urgentes. De acordo com o protocolo pactuado, o Núcleo terá até 24, 48 ou 72 horas para responder a demanda.

"Nós consideramos que estamos atuando de modo muito forte nos diversos pontos de atenção do município", afirmou Paulo de Tarso Puccini, destacando a criação do Hospital Dia Rede Hora, a reestruturação das unidades de emergência e urgência, o fortalecimento das unidades de atenção básica e a construção de três novos hospitais. "Nós estamos melhorando os pontos de atenção, mas isso não é suficiente para reestruturarmos e revolucionarmos o Sistema Municipal de Saúde. Para isso precisamos amarrar esses pontos de atenção e vinculá-los em um processo de articulação conjunta", completou.