Apesar da eficiência do exame RT-PCR para a identificação do novo coronavírus, a Universidade de São Paulo começou na última terça-feira (01/12) a realizar em São Paulo um exame capaz de detectar e diagnosticar a Covid-19 através da saliva. O novo método, utilizado para detectar doenças infecciosas, como a dengue, hepatite A, zika e chikungunya, é baseado em uma técnica molecular que apresenta algumas semelhanças com o método RT-PCR.
Tanto neste novo método, quanto no exame RT-PCR, a amostra é induzida com uma reação que realiza uma fase de transcrição reversa, transformando o RNA do vírus em DNA. Com isso, regiões do vírus são ampliadas e replicadas milhões de vezes, facilitando o diagnóstico.
O novo exame foi testado em mais de mil pessoas, em trabalho apoiado pela Fapesp e pela a empresa JBS, e foi aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Exames como esse, de saliva, já foram aprovados pelo FDA (Food and Drug Administration) dos Estados Unidos para o uso emergencial no processo de diagnóstico do Covid-19. Aqui no Brasil, além da USP, o laboratório Mendelics criou e já comercializa um teste parecido, e na Universidade Federal de Goiás, pesquisadores estão estudando e desenvolvendo um modelo de teste similar
Aos interessados, o exame é exclusivo, por enquanto, para moradores da cidade de São Paulo e custa R$ 90 para quem for até a USP colher a amostra; para quem optar por fazer a coleta em casa e utilizar de um serviço de retirada e entrega para enviar a amostra à USP, o valor é de R$ 150. No entanto, para ser elegível para o exame, deve-se fazer um cadastro no site do Centro de Pesquisas e Genoma Humano e Células-Tronco (CEGH), um centro de pesquisa financiado pela FAPESP (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo), através do link: http://www.genomacovid19.ib.usp.br/
