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De 409 hospitais filantrópicos em SP, em 149 cidades eles são o único atendimento à saúde

Article-De 409 hospitais filantrópicos em SP, em 149 cidades eles são o único atendimento à saúde

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Dia da Filantropia (20/10) reforça a necessidade de reconhecimento, pontua Fehosp

Na próxima quinta-feira (20) será celebrado o Dia Nacional da Filantropia, setor esse que, na saúde, tem ampla atuação, atendendo a 50% das demandas de média complexidade do SUS e 70% da alta complexidade. No Estado de São Paulo, das 409 Santas Casas e hospitais filantrópicos existentes, em 149 municípios essas unidades são o único hospital.

“O SUS só existe porque tem o suporte das Santas Casas. No período mais crítico que a saúde já enfrentou, com a pandemia da Covid-19, essas instituições tiveram um papel fundamental, evitando que a tragédia fosse ainda maior. Esses hospitais quadriplicaram os leitos de UTI para atendimento a pacientes contaminados com a doença, ofertando 14 mil leitos. Antes da pandemia, as Santas Casas dispunham de 4 mil”, lembra o diretor-presidente da Fehosp (Federação das Santas Casas e Hospitais Beneficentes do Estado de São Paulo), Edson Rogatti.

O dirigente da Fehosp lembra que toda essa atuação, no entanto, é feita com muito esforço na tentativa de driblar as dificuldades financeiras, agravadas com a defasagem de quase 20 anos sem reajuste de procedimentos da tabela SUS. “O valor que as Santas Casas e hospitais filantrópicos recebem é sempre menor que o custo dos procedimentos. Para cada consulta com um oncologista, por exemplo, o SUS paga R$ 10, valor que, obviamente, não cobre o tempo desse profissional. Quando se fala no custo da diária de um leito de UTI, varia de R$ 2.800 a R$ 3 mil, porém, o SUS só paga de R$ 600 a R$ 800, então, as instituições geram faturamento de outras formas e com isso custeiam parte desse déficit, mas não tudo”, pontua.

Diante das dificuldades, Rogatti fala que as entidades travam uma batalha constante pelo reconhecimento do trabalho na sociedade. “Diariamente, buscamos um relacionamento respeitoso e justo com a Gestão Pública Federal, Estadual e Municipal, para que, em conjunto, possamos encontrar ações que garantam a sustentabilidade do setor e a continuidade dessa prestação de serviço tão vital para o atendimento à saúde da população brasileira”, conclui.