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Business Intelligence ou Analytics para avaliação de desempenho em saúde

Article-Business Intelligence ou Analytics para avaliação de desempenho em saúde

Este é um conceito que ainda não está muito claro no mercado

de saúde e precisa ser esclarecido, pois é fundamental quando se discute a

implantação de modelos de avaliação de desempenho ou de pagamento por

performance.

De forma bem simplista, o Business Analytics (BA) utiliza volume extenso de dados, análises

estatísticas e quantitativas, modelagem explanatória e preditiva,  e gestão baseada em fatos para direcionar a

tomada de decisão. Por outro lado o Business

Intelligence (BI) faz consultas, relatórios, OLAP (Online Analytical Processing), e "alertas".

O trabalho de avaliação de desempenho na área de saúde é um

grande desafio, pois dificilmente os dados e indicadores a serem utilizados

estão disponíveis apenas em um ERP (Enterprise

Resource Planning) que é o software de gestão específico de um hospital ou operadora

de plano de saúde (OPS). Dados relevantes também são gerados em planilhas eletrônicas

e outros sistemas periféricos.

Para conseguir agregar todos estes dados que tem origem em

diferentes sistemas, planilhas eletrônicas e até em campos textos não

estruturados, o melhor conceito e tecnologia a ser aplicada é a de Business Analytics (BA), que é mais

abrangente do que utilizado no BI. Embora uma ferramenta de BI possa ser

modelada para avaliar uma boa parte dos indicadores desempenho, no entanto, para

isso dependerá sempre da dedicação de profissionais de TI com conhecimentos

especializados da ferramenta e dos especialistas para gerar os cubos e as

análises.

O modelo que temos aplicado para avaliação de desempenho,

chamado de GPS.2iM©, já disponibiliza as análises todas organizadas e

sistematizadas. Análises estas que são baseadas em evidências e nas melhores

práticas do mercado.

Outro grande diferencial do modelo em relação ao BI está na

capacidade de integração com diferentes fontes de dados existentes, como por

exemplo: integração o ERP do hospital com o da OPS (principalmente quando tem

uma rede verticalizada), integração com planilhas de relatórios existentes das

informações não constantes nos ERPs  (como por exemplo, relatório de

pesquisa de satisfação, auditorias em prontuários, infecção hospitalar, dentre

vários outros), além de podermos utilizar ferramentas de análise de dados em

campos não estruturados.

Outro ponto importante é o benchmark externo. Todos os

hospitais e OPSs participantes assinam um termo de compartilhamento de dados

estatísticos. Obviamente que todos os dados estatísticos respeitam um rigoroso

código de conduta e são “desidentificados”. Estamos construindo, com isso, a

maior e mais completa base de dados estatísticos de saúde suplementar em nosso

país.

Como as análises e relatórios já estão estruturados, não

exige grande envolvimento do pessoal de TI das instituições para prepararem

seus relatórios. As ferramentas para visualização de desempenho são outro

grande diferencial do BA, pois permite que todos os avaliados a acessem, via

WEB, para acompanhar o seu desempenho e compará-los com seus pares; outra

ferramenta é disponibilizada aos gestores para fazer as análises comparativas,

acompanhamentos dos indicadores de forma individualizada, definir estratégias

de pagamento por performance (se couber), e outras inúmeras análises

evolutivas.

Vale ressaltar que o modelo que utilizamos possui um volume

enorme de algoritmos e cálculos estatísticos previamente estabelecidos para

cálculo dos indicadores, cálculos dos benchmarks (padrões de comparação),

ajustes de riscos (avaliação de complexidade de casos atendidos), cálculos de

indicadores compostos para geração de um índice de performance único, cálculos

de remuneração e incentivos baseados nos resultados da performance, cálculos

automáticos das evoluções do desempenho do profissional ou serviço ao longo de

um período de avaliação, dentre muitas outras funcionalidades. Algoritmos estes,

testados e constantemente ajustados pela prática do dia a dia à medida que

novos projetos são implantados.

Uma prática comum que temos observado no mercado, é que um

grande número tanto de hospitais como de OPS utilizam modelos desenvolvidos

internamente por algum profissional  que

conta com a ajuda para o pessoal de TI. Eles utilizam planilhas Excel a partir

de indicadores gerados dentro de seus softwares de BI. Por um lado isso é

positivo, pois os gestores já estão convencidos da importância de avaliar o

desempeno em saúde. Mas, por outro lado, isso pode ter um efeito negativo em

médio prazo, pois a utilização de modelos que não são baseados em evidência ou

que correm o risco de ter erros na digitação das planilhas gerarão,

invariavelmente, perda de credibilidade e um certeiro conflito entre a gestão

do hospital ou plano de saúde com os profissionais avaliados.

Quanto uma instituição decidir avaliar o desempenho de

profissionais de saúde, três características são imperativas, as  quais se tornam ainda mais importantes quando

esta avaliação está associada a programas de pagamento por performance. São

elas: consistência, transparência e comunicação.