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Como estão os projetos de big data e IA na saúde hoje?

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A promessa atual é que a inteligência artificial (IA) e o big data vão transformar os sistemas de saúde. Mas em que pé estamos aqui no Brasil? Conversamos com Daniel Christiano, Senior Account Healthcare Executive, e Guilherme Sakajiri, Head de Healthcare, ambos da Semantix, sobre o cenário em nosso país.

A Semantix, empresa brasileira especializada em soluções de big data e IA, nasceu em 2010 e seu primeiro mercado foi o financeiro. Em 2019, foi estruturada uma vertical de saúde para oferecer soluções e estreitar relacionamento com operadoras e prestadores.

A primeira grande questão é que “para começar a trabalhar com soluções em big data e IA, você tem que ter um nível suficiente de maturidade de dados”, explica Daniel. A realidade é que os dados da saúde se encontram em diferentes sistemas, em silos, e que apenas por volta de 20% são estruturados, segundo o executivo. “A Semantix consegue olhar o cenário do cliente e criar um roadmap de evolução do modelo data driven”, complementa.

A empresa adota modelos internacionais de maturidade de dados. Guilherme explica que “para conseguir implementar as soluções, dependemos da criação de uma estrutura de dados bastante robusta, com muita qualidade”. E, como as organizações de saúde aqui ainda estão em um grau de maturidade inicial, é necessário trabalhar a parte de engenharia de dados, estruturação, criação de ambientes de big data para que aí sim possam ser desenvolvidos e implementados os algoritmos.

“Se você não tiver uma visão correta do que você quer utilizar de big data essa conta fica muito alta e com pouco retorno para o negócio”, afirma Daniel. Parte do investimento está na estruturação e requer um time de especialistas como engenheiro, arquiteto e cientista de dados. A Semantix pode suportar os clientes com estas equipes que trabalham em squads, de acordo com os projetos a serem desenvolvidos.

Hoje a Semantix tem trabalhado em duas linhas principais: uma desenhando sistemas para acompanhamento de novos modelos de remuneração e outra visando a eficiência operacional dos serviços. Associadas, essas linhas permitem uma transição factível do modelo fee-for-service para baseado em valor sem prejudicar as margens de lucro do negócio.

Um de seus clientes é uma grande rede que iniciou o trabalho no modelo das Accountable Care Organizations (ACO). Neste momento ainda estão no processo de unificação de muitas bases dos vários players que compõe a ACO, mas ressaltam que a análise da operação não se baseia nos dados de gestão financeira e sim em dados definidos para demonstrar o valor do serviço ao usuário final.

A combinação das informações entre os players de uma ACO é muito mais rica que as informações isoladamente. Para haver esta troca preservando os interesses dos beneficiários e das entidades que realizaram sua coleta, há um grande investimento da Semantix em segurança e privacidade de dados.

O mercado da saúde parece ainda não entender o poder do big data e IA, por isso há muita curiosidade e medo. O Brasil ainda está engatinhando nesse mundo. “Nos nossos clientes, o ambiente de big data ainda está sendo tratado como um projeto de inovação e não como um projeto de operação, não como parte do modelo de negócio dos players de saúde, porque tudo isso é muito novo, é muito experimental”, aponta Guilherme.

A Semantix acredita na transformação de seus clientes em companhias data driven. “Queremos impactar a vida dessas pessoas através dos dados. Queremos fazer isso com muita estratégia, com muita cautela. Nós acreditamos que o big data e a IA vai auxiliar em muitos processos, estamos falando de ser mais assertivo e de vários pequenos ganhos que se transformam em grandes ganhos futuros”, finaliza Daniel. A empresa estará presente no próximo Saúde Business Fórum, na Ilha de Comandatuba, de 19 a 22 de março de 2020.