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Mais de 192 mil pessoas deixam planos de saúde, app é alternativa

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De olho neste mercado, empreendedores criaram uma plataforma com o objetivo de conectar médicos e usuários que precisam marcar consultas e exames médicos.

Somente em 2016, o setor perdeu 1,47 milhão de beneficiários, no segundo ano subsequente de diminuição. De olho neste mercado, empreendedores criaram uma plataforma com o objetivo de conectar médicos e usuários que precisam marcar consultas e exames médicos

De acordo com dados divulgados este ano pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), os planos de saúde continuam a perder clientes neste início de 2017. Em janeiro, houve uma redução no número de beneficiários em planos de assistência médica na casa de 192,2 mil. Somente em 2016, o setor perdeu 1,47 milhão de beneficiários, no segundo ano subsequente de diminuição.

Os números são resultado da prolongada crise econômica brasileira e do aumento do desemprego, superior a 12 milhões de desempregados. Deste número, muitos dos desempregados perderam o plano de saúde corporativo, o que aumentou a demanda por meios alternativos de acesso à saúde.

Saúde na palma da mão

De olho neste mercado, empreendedores criaram uma plataforma com o objetivo de conectar médicos e usuários que precisam marcar consultas e exames médicos. O empreendimento de quatro sócios foi selecionado para participar da StartUpSintra em Portugal.

“Estamos trabalhando na adaptação dos serviços para o mercado português. A !link RedeCare é uma plataforma tecnológica para localização de serviços médicos”, explica Angelo. “A RedeCare surgiu pela observação das necessidades das pessoas em realizar consultas e exames. Atualmente os planos de saúde, além de caros, restringem o acesso de pessoas físicas, crianças menores de 6 anos e idosos”, explica Angelo Epifanio, um dos quatro sócios do negócio.

Angelo atua no mercado de saúde como corretor há mais de 20 anos e é sócio de uma corretora que comercializa planos de saúde em todo o Brasil.

“Vemos que muitas pessoas fazem cotação, mas são praticamente proibidas de fazer um plano, muitas vezes mesmo tendo dinheiro para pagar: são casos de planos para pessoas acima de 58 anos, crianças menores de 6 anos ou pessoas que não possuem uma formação superior”, afirmou um dos sócios de Angelo, Jorge Botelho.

De acordo com ele, atualmente as operadoras maiores só comercializam planos empresariais ou os coletivos por adesão que impedem acesso de quem está em situações diferentes.

Outra consequência da crise brasileira e suas implicações no segmento das saúde se reflete na vida profissional dos médicos. Nas palavras de Gilson Burmann, terceiro sócio do empreendimento, “esses profissionais vivem brigando com os planos de saúde por receber pouco nas consultas e demorar para receber”.

Ainda segundo Gilson, “apesar dos médicos reclamarem, muitos só têm a opção de se filiar a planos de saúde para conseguir ter pacientes para atender e, por outro lado, não sabem como vender os serviços de forma acessível à população”, explica.

“Nosso site e aplicativo têm feito muito sucesso por atender a demanda dos brasileiros que já não contam com planos de saúde, e que precisam de um guia médico. Observamos a demanda, especialmente a procura de clínica popular e consultas médicas por parte da população BCD. Já os profissionais da área da saúde, estes são atraídos e também têm se sentido muito confortáveis para credenciar consultório médico conosco”, analisa Joilton Mello, quarto membro da sociedade.