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O Sonho de Laura - Hospital Nossa Senhora das Graças

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O Robô Laura foi fundamental no tratamento da sepse

A SEPSE mata no mundo uma pessoa a cada 2 minutos e, no Brasil, é motivo de mais de 50% da mortalidade hospitalar, o que corresponde a cerca de 250 mil mortes a cada ano. Depois de inúmeras observações dessas mortes, os profissionais da empresa Laura Networks concluíram que elas só ocorriam devido à demora na detecção da instalação da síndrome. Essa lentidão é causada exclusivamente pelo alto número de falsos positivos, os falsos alarmes, que impedem uma ação assertiva dos médicos e enfermeiros.

Para resolver essa questão, o Hospital Nossa Senhora das Graças, comandado pelo Diretor Executivo Flaviano Feu Ventorim, instituiu o projeto O Sonho de Laura. De acordo com Gláucio Erlei de Souza, Assessor de Planejamento e Filantropia da instituição, ‘’a grande dificuldade é que na medicina nem tudo é tão claro, e na maioria das vezes não é simples identificar a combinação de sintomas, ou até mesmo encontrar o que está causando a infecção. Em contrapartida a SEPSE exige rapidez no seu diagnóstico e precisão no seu tratamento. Portanto, identificar a SEPSE com rapidez torna-se um dos grandes desafios dos hospitais do mundo todo, sendo tema de campanhas mundiais, encontros científicos e pesquisa.

‘’Também concluímos que todos os dados necessários para a detecção já estavam no ambiente hospitalar, mas em lugares diferentes, departamentos diferentes e sistemas diferentes. Isso causa uma séria dificuldade para os profissionais de saúde conectarem estes dados e concluírem assertivamente sobre a instalação de um caso de SEPSE’’, conta o Co-Founder e CEO da Laura Networks, Marcelino Costa.

Foi a partir dessa dificuldade que surgiu o Robô Laura, capaz de se conectar com todos os dados, realizar cálculos complexos, comparar resultados e encontrar faixas probabilísticas. Esse seria o primeiro robô cognitivo de gerenciamento de risco do mundo.

Depois de duas semanas da implementação do Robô em dois postos assistenciais do Hospital, já é possível ver o progresso feito pelo projeto. Houve uma redução no tempo de atendimento do paciente e do tempo de ação do médico na aplicação de protocolo de SEPSE. Segundo Gláucio, o dispositivo potencializa a assertividade, pois proporciona aos profissionais uma leitura sistêmica de dados gerando um conhecimento mais apurado. O profissional exemplifica: ‘’A Laura lê em tempo real e vai cruzando todos os dados do paciente que são lançados no sistema pelas equipes multiprofissionais, desde laudos de exames a dados vitais de rotina. Se identificado algo suspeito, a ferramenta emite alerta às equipes.’’

É importante lembrar que a tecnologia está sendo aprimorada aos poucos. Os especialistas do hospital têm como planos incluir ferramentas como a ativação de uma mensageria, ativação focal de suporte, ajuste de interfaces, validação de extratos de alarmes, entre outros.