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Para implantar a tríade de tecnologia na Saúde, siga esses bons exemplos

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Melhoria dos desfechos clínicos, prevenção de doenças e organização do cuidado remoto garantem um futuro com mais qualidade de vida à população e sustentabilidade às organizações

A tecnologia mudou a maneira de pensar a Saúde nos últimos doze meses. E ela promete modificar ainda mais a estrutura do sistema pelos próximos cinco anos, a começar pela otimização do fluxo de atendimento dentro de um novo modelo assistencial híbrido. Esse conceito parte da ideia de que a jornada do paciente deve sempre buscar os melhores indicadores para desfechos clínicos, prevenção de doenças e cuidado remoto, que formam a tríade da tecnologia na Saúde.

Protocolos eletrônicos, teleconsultas, agendamentos online e terapias de suporte auxiliares não-presenciais são alguns exemplos de ferramentas digitais adotadas por hospitais e operadoras de Saúde durante a pandemia da Covid-19 e que permanecerão quando a crise sanitária terminar. “Embora se perceba todo esse avanço, ainda precisamos pensar em como construir instituições 100% digitais, nas quais possamos usar as informações coletadas de forma assertiva, em benefício das pessoas certas, na hora precisa e a partir de condutas corretas”, resume Leandro Miranda, gerente de informática médica (CMIO) do Hospital 9 de Julho (SP). O especialista lembra que, quando isso não acontece, o que temos é apenas a digitalização de processos, não um avanço tecnológico consistente.

Um caminho para alcançar resultados reais com a implantação de tecnologia na Saúde é seguir exemplos de quem já passou pela mesma trajetória. A boa notícia é que, com a experiência adquirida ao longo de 2020, muitos projetos foram bem sucedidos nesse sentido.

Conheça alguns exemplos a seguir:

Pilar 1: Melhoria de desfecho clínico a partir de modelos assistenciais híbridos

Criar um modelo de assistência que acompanha e monitora pacientes com doenças diagnosticadas tem impacto direto na otimização de desfechos clínicos que levam em conta melhores indicadores de bem-estar físico, emocional e psicológico. “A partir de 2021, esse mesmo processo é levado para o ambiente digital, que passa a ter um profissional de Saúde responsável por todo o tratamento do paciente, intercalando consultas presenciais e remotas”, descreve Miranda.

“A primeira consulta sempre deve ser ao vivo para a avaliação física do paciente, mas o retorno para a apresentação de resultados de exames, por exemplo, pode ser em ambiente digital”, sugere o especialista, lembrando que cada caso será planejado de acordo com as necessidades do indivíduo em questão. Ou seja, não haverá uma receita única para todos.

Para que esse modelo funcione, é fundamental capacitar as equipes para atuarem tanto nos ambientes virtuais como presenciais, mantendo o Prontuário Eletrônico do Paciente (PEP) atualizado e completo. “A mudança será cultural, mas sempre pensando na segurança dos pacientes”, acredita Miranda.

Pilar 2: Diagnóstico precoce e telemonitoramento para a prevenção eficaz de doenças

Já no contexto de prevenção de doenças, o modelo assertivo é aquele que valoriza o diagnóstico precoce. “Somente a partir desse rastreio dá para planejar tratamentos precoces, que costumam ser minimamente invasivos e mais custo/efetivos”, resume Miranda. Para tanto, a rotina de check-up precisa ser transferida para o ambiente digital, com um enfermeiro gerenciando junto ao paciente a realização dos exames necessários.

É como pensar no exame de cateterismo e como ele é eficiente para a prevenção de infartos. A partir dessa mesma dinâmica, é possível traçar projetos híbridos para a prevenção de doenças, que podem usar assistentes virtuais para o telemonitoramento do paciente em casa, teleconsultas ou até telefisioterapia.

Outra estratégia é adotar a gestão remota de pacientes crônicos. Katia Galvane, diretora de  healthcare da everis/Ntt Data Brasil, explica no no report Melhoria de desfecho clínico, prevenção de doenças e cuidado remoto: a tríade da tecnologia na Saúde que dispositivos eletrônicos podem fazer a captura automática de biomedidas e, assim, gerar dados para o desdobramento clínico da patologia.

Pilar 3: Cuidado remoto e conectado para salvar vidas

A teleconsulta é provavelmente a tecnologia na Saúde mais lembrada e usada durante 2020 - o que deve permanecer ao longo dos próximos anos. Mas é importante lembrar que a telemedicina não se resume a consultas a distância. O chamado cuidado remoto será uma área-chave para monitorar pacientes no futuro.

“A pandemia da Covid-19 trouxe bons exemplos de como fazer isso. Para evitar aglomeração e lotação em pronto-socorros, a chamada teletriagem usa critérios internacionais para separar cados de alto ou baixo risco de infecção e, com isso, é possível acompanhar os pacientes por meio da telessaúde, seja por e-mails que avisam a cada dois dias sobre os sintomas esperados, seja por ligações telefônicas ou videochamadas para acompanhar os pacientes”, descreve Miranda. O projeto, adotado no Hospital 9 de Julho, em São Paulo, reduziu o número de pacientes que retornavam ao pronto-socorro, pois eles se sentiam seguros de serem atendidos em suas casas.

A partir desses e de outros exemplos nacionais e internacionais, é possível traçar caminhos para, ainda em 2021, iniciar a implantação da tríade de tecnologia na Saúde. O fundamental a se ter em mente nesse processo é que o mais importante não é a ferramenta que se usa, mas a forma como ela se integra à jornada do paciente em busca de mais qualidade de vida para a população e sustentabilidade para as organizações de Saúde.

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