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Se minha saúde falasse...

Article-Se minha saúde falasse...

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Lembrando o Herbie que como um carro de repente tem emoções, funciona sozinho e é autônomo, podemos pensar que em breve a nossa saúde terá o mesmo tipo de atuação.

A saúde vai falar ? A resposta é ...Sim !

Existe uma série de tecnologias disruptivas que estão entrando no mercado de saúde.

A nanomedicina é uma delas e permite hoje inserir nano-robôs em um corpo humano e fazer com que ele interaja diretamente com a nossa saúde, realizando cirurgias, limpando artérias e agindo no sistema imunológico.

Também crescendo está a imunoterapia, que para muitos é o grande elixir que matará definitivamente o câncer. Trata-se de uso de substâncias biológicas que são inseridas através de células normais retiradas do corpo do paciente de câncer e que são reinseridas contendo estas substâncias de volta ao corpo e atacando de forma direta e exclusiva o tumor.

Porém, algumas destas grandes inovações vem da área de tecnologia:

A impressão 3D por exemplo já permite uma série de ações como por exemplo  a simulação de uma cirurgia plástica mamária(A pessoa através de fotos pode simular em 3D como vai ser ao final da cirurgia), ou uma simulação de uma cirurgia ortopédica, onde através de imagens médicas pode se preparar modelos em 3D refletindo exatamente a anatomia específica da parte do corpo a ser operada, e todo o trabalho preparativo de como operar e onde colocar, se necessário, pinos e parafusos, pode ser feito previamente a cirurgia de fato, melhorando sobremaneira a eficiência cirúrgica em termos de qualidade e segurança ao paciente como também o custo otimizado do que será inserido no paciente. Fora isso, também já se está trabalhando com o contexto da célula-tronco que praticamente permitirá criar órgãos humanos através desta tecnologia.

Para as operadoras de saúde, custos como os de OPMEs podem ser claramente reduzidos utilizando-se este tipo de tecnologia.

É claro e importante frisar que há uma exigência fortíssima de regulação e ética no uso desta tecnologia, porém ela é urgente, não se pode esperar muito tempo para que esta regulação esteja disponível, sob pena de não se reduzir custos e não salvar vidas através deste tipo de tecnologia, o que certamente em nosso país não é aceitável.

A outra tecnologia é o Big Data, Data Sciences ou Health Analytics que na área clínica, permite um forte contexto de suporte a decisão clínica. Ao trocar informações com o paciente e com o próprio corpo do paciente(Internet of Things, que gosto de chamar de Internet of Bodies, já que no caso da saúde estamos conectando com o corpo humano e as implicações disso em termos de segurança da informação e softwares e hardwares ditos “errorless” são bem maiores do que outras utilizações de IOT)

Esta solução permite hoje identificar, através do já disponível sequenciamento genético, um gen específico que está relacionado a um tipo específico de tumor e tratar de forma personalizada o conjunto de pacientes que desenvolve este tumor com esta característica genética.

Também útil é a capacidade de melhorar sobremaneira o controle de prescrição medicamentosa evitando quaisquer tipos de ADEs(Adverse Drug Events) que somada a já conhecida farmacodinâmica que faz a análise de interação medicamentosa utilizando o conhecimento adveniente das interações avisadas pela indústria farmacêutica, traz a evidência de todos os tipos de interações ocorridas no hospital ou em um grupo de hospitais, permitindo uma precisão ainda maior de prescrição médica.

Há ainda outras informações como a telemedicina(Telerradiologia, Teleconsultas, etc..) que também vem agregar neste mundo.

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Enfim, há um grupo de tecnologias que vem crescendo em sua utilização que permitirão que literalmente a saúde passe a falar conosco e se torne cada dia mais personalizada, e a TI tem um papel fundamental nisso, tendo que se reinventar no segmento, não mais focada somente na gestão, mas entrando efetivamente na medicina e no tratamento dos pacientes.