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Transformação digital na prática: de soluções a projetos sociais

Article-Transformação digital na prática: de soluções a projetos sociais

Carlos Reis

Há 4 anos a Logicalis montava uma equipe para sua recém-criada vertical de saúde. Hoje, focada na transformação digital, fornece consultoria para grandes instituições do Brasil e da América Latina, como a Rede D’Or. Carlos Reis, Consultor de Saúde Sr., nos contou sobre as principais soluções desenvolvidas e alguns cases de sucesso da empresa.

O apoio da Logicalis na Rede D’Or é principalmente na parte de infraestrutura. “Eles têm uma dinâmica muito forte de aquisição e expansão. Nosso suporte permite que a área de TI deles consiga atuar em outras frentes disruptivas, uma vez que cuidamos da base [infraestrutura]”, conta Carlos.

A marca foi convidada a participar do hub de inovação, o Open D’Or, para ajudar nas funções de IoT e outras tecnologias disruptivas. Montaram um Living Lab, um quarto de UTI simulado contendo todas as facilidades e funcionalidades de um leito real, para testar e validar os projetos de inovação antes de serem escalados para todos hospitais. Uma das soluções que nasceu lá é a de monitoramento da higienização das mãos por IoT.

“O segmento que mais tem processo e protocolo é o hospital, mas estes são monitorados por pessoas”, explica Carlos. A ideia com a solução é permitir um monitoramento mais efetivo, em tempo real, que permita não só diminuir o número de infecções hospitalares como também aumentar o giro de leito. A OMS preconiza 5 passos para higienização das mãos e o monitoramento desenhado pela Logicalis audita o 1º e o último: entrada e saída do leito. Uma tag de RFID foi colocada nos dispensadores de álcool gel, nos crachás dos funcionários e em totens próximos ao leito. Ao pegar o álcool-gel, o funcionário tem 30 segundos para se aproximar do leito para que o sistema entenda que houve conformidade. O mesmo é feito na saída. “Não bloqueamos nada nem damos alerta nesse primeiro momento, ou seja, não incluímos nada que pudesse gerar uma rejeição [por parte da equipe]”, completa Carlos. Com a automatização é possível ter informações que subsidiem as ações da CCIH e, com o passar do tempo, dar mais inteligência à solução.

Outra solução foi desenvolvida pensando no problema de retenção inadvertida de itens dentro do corpo do paciente em cirurgias. Todos os materiais tanto instrumentais como têxteis receberam tags de identificação, bem como a mesa auxiliar e a lixeira da sala cirúrgica. O sistema desenhado consegue rastrear todos objetos e sinaliza em verde a conformidade e em vermelho quando algo não está nem na mesa nem na lixeira. Carlos conta que a solução sozinha para os têxteis, que são descartáveis, não seria economicamente viável, mas quando associada aos instrumentos, que são reutilizados, o ROI viabiliza a implantação deste sistema.

A plataforma de IoT desenvolvida pela Logicalis, chamada Eugenio, possibilita a integração de todas as soluções. Sendo assim, consegue-se escalá-las com menor custo, a médio e a longo prazos, explica Carlos.  “Temos todo interesse em dividir esse risco porque confiamos que vai ter retorno sobre o investimento, pensando em pay-as-you-save todo mundo ganha a partir do momento que as soluções estão maduras”, diz o consultor.

Para finalizar, Carlos conta do projeto social abraçado pela Logicalis, o “Pelas mãos”, que utiliza impressão 3D para protetizar crianças e adolescentes no Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (INTO) do Rio de Janeiro. A empresa fornece apoio consultivo para levantar as melhores tecnologias, controle do projeto e intercâmbio com a área assistencial. “Conseguimos testar tecnologias também para fazer guias e planejamento cirúrgico”, diz Carlos. Um exemplo é o algoritmo desenvolvido que baseado na tomografia do paciente sugere a melhor angulação para perfurar e acoplar a prótese. Todas as próteses são personalizadas e, segundo o consultor, mais do que uma mão, a criança ganha ou volta a ter uma função!

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