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ACR Arquitetura moderniza esterilização do IOT

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ACR Arquitetura moderniza esterilização do IOT

A área de esterilização de materiais é imprescindível não apenas no apoio técnico para o Centro Cirúrgico, mas para garantir uma eficiente prevenção de infecções no ambiente hospitalar e há rígidas normas de boas práticas para garantir a qualidade deste processo. Por isso, a arquitetura do local deve seguir rigorosamente a disposição de equipamentos e movimentação das pessoas, em cada etapa do trabalho, para assegurar o fluxo correto dos materiais. Foi para atender estas exigências, que a ACR Arquitetura e Planejamento desenvolveu o projeto do CME – Centro de Material e Esterilização, do Instituto de Ortopedia e Traumatologia do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo, recém-inaugurado.

“O maior desafio foi adequar o espaço a esta logística operacional, preservando a qualidade e segurança, pois o fluxo num CME deve ser unidirecional e contínuo. Os ambientes foram dispostos de modo a garantir que o processo de esterilização aconteça corretamente, para evitar que haja o cruzamento de artigos médico-hospitalares sujos com os limpos. Até mesmo os profissionais que trabalham na área suja não podem transitar pela área limpa e vice-versa”, explica Antonio Carlos Rodrigues, sócio-diretor da ACR.

O CME do IOT conta com uma equipe de cerca de 100 profissionais e ocupa uma área de 624 m², logo abaixo do Centro Cirúrgico, que é o maior “consumidor” dos materiais esterilizados. Os dois setores são interligados por monta-cargas, um exclusivo para chegada de material sujo e outros dois para envio de material limpo.

“O projeto atendeu às necessidades de atualização do setor, em particular na área tecnológica. Com os novos fluxos dos procedimentos automatizados, os avanços operacionais têm reflexos positivos em toda nossa rotina”, comenta Dr. Walter Cintra Ferreira Junior, Diretor Executivo do Instituto de Ortopedia e Traumatologia HCFMUSP.

Um dos principais cuidados do projeto foi o estabelecimento de barreiras físicas dentre as áreas limpa e suja, através de equipamentos que vão do piso ao teto e com acesso pelos dois lados, criando uma barreira dupla e reduzindo as chances de contaminação. Outra atenção foi a escolha dos materiais de acabamento, pensados para garantir a assepsia máxima. As mantas vinílicas, com rodapés boleados, formam um piso monolítico e sem rejuntes, evitando qualquer acúmulo de sujeira. Para cada área foi especificada uma cor diferente de piso, tornando simples e didática a identificação, o que contribui para melhoria dos processos técnicos. Com o mesmo critério foram definidos os forros de gesso liso e as luminárias com lâmpadas protegidas. A iluminação também foi reforçada para garantir um nível alto de iluminância, considerando que muitos processos são realizados por análises visuais dos materiais.

“Outro ponto relevante foi a infraestrutura de ar condicionado, importantíssima e bastante peculiar num CME, disposta de forma a garantir que o ar filtrado pelo sistema de climatização percorra sempre em direção às áreas mais “sujas”, evitando, a contaminação do sujo ao limpo”, enfatiza o arquiteto Rafael Tozo, sócio-diretor da ACR.

“Com as adequações na área e implantação de sistema de rastreabilidade informatizado conseguimos mensurar a produtividade da unidade e observar uma mais ampla capacidade de produção, para o atendimento em tempo hábil das necessidades da instituição. Um dos principais ganhos foi o de produtividade. Nossa capacidade histórica é de 550 cirurgias/mês, com uma margem prevista de aumento de 40%. Mas poderemos chegar até 1000 procedimentos/mês, se necessário. Para os colaboradores os benefícios também são perceptíveis. O ambiente está mais seguro, o que é de suma importância para um CME, com redução de riscos de acidentes e melhoria do desempenho, graças à estruturação de áreas específicas para execução das tarefas. Além disso, embora o trabalho seja intenso e a operação num espaço fechado, conseguiu se criar uma área mais agradável e confortável para toda a equipe”, detalha Dr. Walter Cintra Ferreira Junior.