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Ciências da Vida é tema da 3ª edição da Casa Rio

Article-Ciências da Vida é tema da 3ª edição da Casa Rio

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Nessa última quarta-feira, 13/04, foi realizada a primeira conferência setorial da Casa Rio, no Museu do Amanhã, com o tema Ciências da Vida

. Em foco, o setor de Biotecnologia, que segundo estudos da JP Morgan, líder global em serviços financeiros, tem potencial para movimentar cerca de R$ 445 bilhões em todo o mundo até 2019. Durante o evento, que reuniu investidores nacionais e internacionais, o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, participou da abertura e destacou o potencial da cidade em atrair novos investidores para esse setor em ascensão.

Caroli_Casa Rio_baixa“Reconhecemos que há diversos entraves que dificultam o progresso da inovação, por conta da carga tributária e burocracia nos processos, por exemplo. Mas sabemos também que a cidade do Rio de Janeiro apresenta um ambiente propício para que haja investimento nesses setores, uma vez que estamos cercados de universidades, parques tecnológicos e instituições de pesquisas de grande excelência. Por isso, um debate como este traz a oportunidade de novos negócios atraindo investidores não apenas nacionais, mas também estrangeiros para nossa cidade”, aponta Paes.

No primeiro painel, focado em Biotecnologia, o presidente da Interfarma, Antônio Brito, ressaltou que é fundamental que as empresas invistam em inovação, mesmo sendo uma área de alto risco, uma vez que o Brasil precisa, segundo ele, encarar a inovação como obrigação, e não como uma opção. “O País já avançou em vários aspectos, mas temos capacidade para crescer mais, pois nossas universidades precisam enxergar as oportunidades da pesquisa aplicada à indústria, assim como essa indústria precisa investir mais em pesquisas. O governo, por sua vez, deve promover um cenário favorável e apontar as prioridades de investimento em Biotecnologia”, ressalta Brito.

Já para o representante do BDNES, João Paulo Pieroni, são poucas as empresas que buscam relacionamento com as universidades. “Não basta esperar que a universidade produza pesquisa aplicada. É preciso saber o que está sendo produzido no ambiente acadêmico. Um bom exemplo é a empresa Biozeus, que vem realizando esse papel de identificar nas universidades inovações radicais com potencial para gerar novos fármacos”.

No segundo painel do evento, com tema sobre Pesquisa Clínica, o CEO da Biozeus, Luis Eduardo Caroli, destacou a importância de buscar inovação radical nas universidades para atender a uma necessidade global. “O desenvolvimento da inovação radical, que significa uma mudança de paradigma que pode trazer melhorias à sociedade, tem custo de investimento elevado de maneira que o retorno só é possível se a inovação for disponibilizada de forma global. De fato, o segmento farmacêutico não tem fronteiras nem nacionalidade”, ressalta Caroli. Também participaram do encontro a representante da Secretaria Municipal de Saúde, Betina Durovni, e a representante da Roche, Camila Diaz, além de executivos de multinacionais dos setores de Fármacos e de Biotecnologia, e de pesquisadores e autoridades formuladoras de políticas públicas.

No Brasil, a área de Biotecnologia está em ascensão e, nos próximos três anos, o País deve saltar do 10º para o 5º lugar no ranking do setor. Com a publicação do Marco Legal de Ciência, Tecnologia e Inovação, em janeiro de 2016, a expectativa é que os investimentos no desenvolvimento de pesquisas qualificadas nas universidades brasileiras sejam ampliados.

Desde 2006, o Ministério da Ciência e Tecnologia (MCTI) acompanha essa evolução e revela que em 2014 foram realizados pouco mais de 900 contratos de transferência de tecnologia. Também de acordo com dados do MCTI, os investimentos repassados as universidades, em decorrência de parcerias com empresas privadas, saltaram de R$ 700 mil, em 2006, para R$ 215 milhões, em 2014.

Sobre a Biozeus

Criada em 2012, a Biozeus é uma empresa biofarmacêutica brasileira com foco na translação de pesquisas acadêmicas nacionais para o desenvolvimento de medicamentos — classificados como inovações radicais e promissores em atender necessidades médicas reais — em direção ao mercado farmacêutico global. Com investimentos do Fundo BBI Financial, fundo brasileiro de venture capital voltado exclusivamente para o segmento de Ciências da Vida, a Biozeus tem a expertise científica e de negócios para buscar, selecionar, investir e conduzir as diversas etapas de desenvolvimento e comercialização de fármacos, desde os estágios iniciais até a etapa quando o projeto é licenciado para a indústria farmacêutica, que assume a fase final do desenvolvimento e comercialização global.