Não há hospital privado neste país cujos proprietários não estejam cheios da grana. Não há operadoras de planos de saúde em que também seus donos não estejam transbordando de prosperidade.
Por que será, então, que o nosso sistema de saúde suplementar gera tantos descontentamentos, com médicos insatisfeitos devido à baixa remuneração e os usuários em constante pé de guerra?
Culpar as decisões judiciais ou a ANS é sempre mais fácil, porque transfere a responsabilidade, mas não resolve o problema que se agrava cada vez mais, como vemos diariamente na imprensa.
Não adianta achar que as decisões da Justiça serão a favor do capital e não em defesa da vida. Aí não seria justiça!
E qual é a solução? Prevenção, prevenção e prevenção. Ou seja: Identificar os usuários pelos clássicos três níveis de prevenção primária (promoção da saúde), secundária (controle e exames regulares) e terciária (gerenciamento de doenças).
A efetividade na prestação desses serviços seria garantida por um prontuário eletrônico único com toda a história clínica do paciente, inclusive relativa a hábitos de vida e ao consumo de medicamentos, via web, esteja ele onde estiver.
De posse dessa “fotografia” da carteira, mãos à obra. Vamos reduzir custos, aumentar salários, melhorar a qualidade de vida dos assistidos e logo, logo, todo o mundo estará satisfeito.
Se continuarem como estão, os planos de saúde e os hospitais, coitados, estarão matando a galinha dos ovos de ouro.
JOSUÉ FERMON