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Estresse no trânsito afeta desde o coração até o sistema reprodutivo

Article-Estresse no trânsito afeta desde o coração até o sistema reprodutivo

Especialista do IBMR dá dicas para evitar esse quadro, que agrava a cefaleia, diz pesquisa

Estudo do Ministério de Educação e Pesquisa da Alemanha, em parceria com o Hospital Universitário da Universidade de Duisburg-Essen, acaba de apontar que o estresse eleva e intensifica as dores de cabeça. Esta é uma das inúmeras consequências à saúde que ele pode causar ao organismo. Em grandes cidades como Rio de Janeiro e São Paulo, os longos e demorados congestionamentos só aumentam a sensação de imobilidade e o estresse no trânsito. “O estresse é o conjunto de fatores ambientais, externos, do dia a dia que acarretam distúrbios fisiológicos e psicológicos como ansiedade, nervosismo, impaciência, irritabilidade e até depressão. Esses fatores podem ser bons ou ruins e não afetam as pessoas da mesma forma, é algo individual. O que é estressante para um pode não ser para outro”, explica o coordenador do curso de psicologia do IBMR Sérgio Medeiros.

O psicólogo esclarece, ainda, que além do prejuízo psicológico, o estresse gera efeitos nocivos e até irreversíveis à saúde. “O desgaste mental de ficar preso durante horas no trânsito é fruto de uma sensação de impotência, que origina o estresse, podendo causar inclusive danos fisiológicos e mentais. Outra disfunção pode ser a ansiedade – que ativa o sistema nervoso autônomo simpático, responsável por nos deixar prontos para fuga ou qualquer eventualidade. Como resposta orgânica ao estresse, podemos desenvolver doenças que afetam desde coração (hipertensão), estômago (úlcera), intestino (constipação) e pâncreas (diabetes) até pele (dermatite) e sistema reprodutivo (perda de libido como)”, observa o professor do IBMR.

Muitas ações rápidas e práticas podem ajudar a evitar ou a minimizar o estresse, como reforça Medeiros. “Ações prazerosas como ler, escutar música e acessar a internet podem ajudar a diminuir o estresse durante o congestionamento. Evitar sair justamente nas horas de pico e, para aproveitar o tempo, se distrair com amigos também são boas opções. Outra atitude que auxilia na redução do estresse é, ao chegar em casa, desligar-se totalmente daqueles momentos de estagnação, tomando um banho para relaxar e fazendo somente coisas prazerosas como comer algo que goste”, orienta o especialista do IBMR.

O psicólogo ainda chama a atenção do progresso de um simples quadro de estresse para um distúrbio patológico, que pode afetar tanto o lado pessoal quanto o profissional. “Caso a pessoa não consiga evitar o estresse e aliviar a tensão ou comece a perder o prazer em tarefas que antes a distraíam, como rever a família após um dia de trabalho, ela deve enxergar esse cenário com atenção. Esse quadro pode ser o início de um pequeno distúrbio paranoide em relação ao trânsito e o ponto inicial para buscar ajuda profissional”, alerta o psicólogo do IBMR.

Dicas do coordenador do curso de psicologia do IBMR, Sérgio Medeiros, para reduzir o estresse.

I. Ocupe-se, preencha seu tempo livre durante o congestionamento. Todo o estresse gerado pelo trânsito pode ser minimizado com algumas atitudes como ouvir música, navegar na internet pelo celular, etc.

II. Adiante suas tarefas. Aproveite o tempo de engarrafamento para ler algo que gosta, para se informar ou adiantar tarefas do trabalho.

III. Evite a hora do rush. E divirta-se com os amigos em um happy hour. Isso pode lhe afastar do auge do congestionamento.

IV. Assim que chegar em casa, se distraia, desligue-se do estresse causado pelo engarrafamento. Faça algo prazeroso, tome um banho, coma algo que goste, faça exercícios, etc.