De uma maneira geral, as cores possuem qualidades específicas e produzem efeitos diferenciados nas pessoas, que podem ser calmantes, repousantes, apaziguadores, refrescantes, excitantes, irritantes... Quando pensamos na aplicação de cores nos ambientes de saúde – consultórios, clínicas, hospitais, UTI’s, maternidades – sempre temos em vista que o objetivo dos profissionais que trabalham nestes espaços é o aumento da qualidade de vida do homem. Por essa razão, a cor passa a ter um significado diferente para pacientes, acompanhantes de pacientes e funcionários das instituições de saúde, devendo, portanto, ser valorizada pelos profissionais que estão envolvidos com o planejamento arquitetônico deste espaço. Propor a construção de um edifício hospitalar requer muita atenção não apenas aos aspectos técnicos, mas também aos aspectos humanos. Deve-se compreender, por exemplo, que o isolamento do paciente do espaço exterior provoca-lhe uma maior angústia em relação ao seu estado de enfermidade. Apesar da grande evolução que vem ocorrendo nos hospitais na área do conforto ambiental, ainda, hoje, é comum encontrarmos edifícios hospitalares que não refletem aspectos ambientais e utilizam soluções mecânicas mais fáceis, como ar condicionado e luz artificial.
Ana Paula Naffah Perez, diretora de projetos da C + A Arquitetura e Interiores.
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