Dados de um estudo apresentado na 2ª Conferência Europeia de Câncer de Pulmão IASLC-ESMO, em Genebra, na Suíça, mostraram uma boa notícia para pacientes com câncer de pulmão avançado de células não-pequenas . O estudo, chamado IPASS, comparou o uso de um novo medicamento, o IRESSA (gefitinibe), em primeira linha à quimioterapia combinada padrão (carboplatina/paclitaxel), e indicou que 70% dos pacientes com mutações do EGFR (um biomarcador importante para definição do tratamento do câncer de pulmão), tratados com gefitinibe, apresentaram melhora de qualidade de vida contra 45% daqueles que receberam quimioterapia.
O estudo mostrou ainda que além de maiores taxas de aumento de qualidade de vida, um número significativo de pacientes apresentou melhora dos sintomas de câncer de pulmão com gefitinibe comparado à quimioterapia combinada (76% contra 54%). Os pacientes que utilizaram gefitinibe apresentaram melhora de qualidade de vida ou de sintomas, no tempo médio de 8 dias.
Estes benefícios significativos de qualidade de vida e melhora dos sintomas em pacientes com mutação do EGFR apoiam a eficácia do gefitinibe em termos de sobrevida livre de progressão e taxa de resposta objetiva nestes pacientes. Já para pacientes com câncer de pulmão avançado de células não-pequenas sem mutações do EGFR, a eficácia da quimioterapia combinada foi superior.
Os dados foram apresentados pela Dra Sumitra Thongprasert do Chiang Mai Hospital, na Tailândia.