Não sei como aguentam os dirigentes de uma operadora de plano de saúde, diante de tanta conta para pagar e tantos usuários querendo mais, muito mais. Querendo, reclamando e brigando.
Por outro lado, a sempre presente ANS aumentando o rol de procedimentos (virá nova leva em junho/2010) na busca de regular o mercado sempre muito competitivo, mas por vezes descuidado, porque não faz o dever de casa.
E assim estão muitas operadoras pelo Brasil afora, que ainda cuidam das suas coisas como antigamente, quando tudo podia. Hoje não dá e quem não se ajustar não vai se salvar.
Claro, não há como sobreviver sem um choque de gestão verdadeiro, por incrível que possa parecer, afrouxando as amarras, diminuindo a regulação médica e o controle excessivo dos prestadores, se voltando mais para a defesa da saúde. Isso é inovação!
Já disse aqui que no dia em que os prestadores forem vistos como aliados das operadoras, unidos na busca do bem comum, todos vão sair ganhando e os usuários vão dar pulos de alegria. Pulos, sim. Saudáveis pulos de alegria com tudo em forma.
Não vejo a hora de ver as operadoras chamando essa gente em casa para fazer prevenção. Isso é fácil e sai mais barato, agradando a todos. Os médicos, por sua vez, se tiverem o pagamento por desempenho, irão atender com mais tempo, certos de que melhorando a saúde dos usuários vão ter um bônus lá na frente compensando a dedicação. Os hospitais também.
Josué Fermon, Consultor em Saúde Suplementar
www.fermon.com.br