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O papel dos gestores de saúde durante a pandemia

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A pandemia da Covid-19 trouxe mudanças expressivas e impactou a sociedade como um todo. Na saúde os impactos foram muito mais profundos. Aumento de demanda, escassez de recursos, fazer mais com menos e ainda lidar com uma doença desconhecida. Além, é claro, de garantir a qualidade e a segurança do paciente. Tudo em um mesmo cenário. A lição que talvez tenha sido aprendida é que, para evitar colapsos em situações extremas como essa, é fundamental estar sempre preparado.

Mas, como as instituições de saúde podem estar mais fortes para lidar com outras situações similares? Quais aspectos devem estar no olhar de um gestor para garantir a qualidade do cuidado e a segurança do paciente, mesmo com as adversidades?

Levando em consideração que ao final tudo converge em um único ponto: a qualidade do cuidado e a segurança do paciente, sem dúvida, o gestor de saúde precisa ter um olhar amplo, identificando tanto gargalos nos aspectos de atendimento ao paciente quanto administrativos.

Existem alguns pontos primordiais. Do ponto de vista de gestão, em especial em hospitais com programas de residência e de internato, despertar nos jovens médicos uma consciência gestora é um aspecto importante quando o assunto é preparar para o futuro. Em algum momento da formação eles têm que ter acesso a noções de competências, competitividade, entender o que é um fluxo de caixa, as burocracias com as quais ele irá lidar em um futuro, etc.

Já do aspecto do atendimento clínico em si, é parte do papel do gestor de saúde municiar o seu time com soluções e tecnologia, que garantam a efetividade clínica e agilidade do atendimento. Os meios digitais e ferramentas tecnológicas são os responsáveis por conduzir a transformação digital na área da saúde. São fortes aliados na diminuição da variabilidade indesejada do cuidado e na busca por melhor efetividade clínica, qualidade do cuidado e segurança do paciente.

Incentivar e reforçar constantemente nos futuros profissionais a importância de valer-se do conhecimento científico na hora de estabelecer tratamentos também é algo que deve estar no radar. É preciso quebrar os paradigmas de que os médicos têm todas as respostas e acabar com o cenário de que eles devem tomar suas decisões por convicção. Isso ficou inclusive muito claro no atual cenário de pandemia, no qual medicamentos, sem comprovação científica, passaram a ser largamente utilizados da noite para o dia, sem embasamento científico.

Exatamente por isso que, no Brasil e no mundo, entidades de classe e especialistas em educação médica começam a discutir aprimoramentos que talvez sejam necessários para deixar os futuros médicos mais adaptados para lidar com esse tipo de desafio. Ou seja, reforçar o quão importante são as evidências no dia a dia do médico.

Mas, como proporcionar esse acesso à informação? Vamos antes lembrar que profissionais da saúde, além de extremamente ocupados, assumem inúmeras responsabilidades concomitantemente. Alguns estudos enfatizam que, para cada hora de atendimento direto ao paciente, outras duas são necessárias em frente ao computador para desempenhar essas tarefas, sejam elas burocráticas ou relacionadas a pesquisas.

Desta forma, facilitar o acesso à informação e reduzir a quantidade de textos científicos que devem ser lidos para atualização é a maneira mais prática e eficiente. E isso, de fato, pode ser feito melhorando a experiência de navegação e permitindo que médicos acessem de maneira fácil, sem esforço e sem barreiras, as informações de qualidade que necessitam. Ou seja, entregar o melhor da informação médica que os ajude a lidar com situações mais complexas.

Em suma, os recursos de suporte à decisão clínica emergem como uma excelente alternativa para ajudar os gestores a traçarem suas perspectivas sobre a qualidade do cuidado e segurança do paciente. Sua missão é responder de forma clara e sucinta questões clínicas importantes baseadas na melhor evidência. E isso, se já faz a diferença em situações normais, quem dirá em meio a uma pandemia.

TAG: Gestão