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3 pontos que podem inviabilizar a gestão integrada hospitalar

Article-3 pontos que podem inviabilizar a gestão integrada hospitalar

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Ter uma estrutura organizacional na qual apenas uma pessoa tem o poder de decisão e olhar a TI apenas como área de suporte são dois deles; mudança de mentalidade administrativa é essencial

Contar com uma gestão eficiente, com redução de custo e otimização de receitas, pode parecer algo complexo principalmente para os hospitais de pequenos e médios portes. Porém, independentemente da estrutura da instituição, é possível integrar as soluções em um único ponto e unificar a gestão com o auxílio de soluções tecnológicas. “O que trava esse processo é que, em muitos casos, a tecnologia vem sendo subutilizada, com a adoção de diversas soluções fragmentadas, que não conversam entre si”, diz Heitor Fagundes, sócio da consultoria em TI para saúde Folks.

Isso acontece, segundo Fagundes, pois a informatização aconteceu em etapas: primeiro vieram os Sistemas de Comunicação e Arquivamento de Imagens (Picture Archiving and Communication System, ou PACs), depois os Prontuários Eletrônicos do Paciente (PEPs), além de tecnologias como Checagem Beira Leito e dispositivos vestíveis (wearables devices). Mas, para que tudo isso funcione e promova uma medicina individualizada e focada na segurança do paciente, é preciso contar com uma gestão hospitalar integrada. A seguir, Fagundes aponta os aspectos que podem atrapalhar essa jornada:

  1. Mindset antigo de gestão

Se a instituição tiver uma administração em que apenas uma pessoa tem o poder de decisão, com pouco alinhamento entre as áreas e muita burocracia, é muito mais difícil adotar uma gestão hospitalar integrada. “Por mais competente que seja um diretor, é impossível que ele consiga saber tudo de todas as áreas”, alerta Fagundes. Segundo ele, os hospitais estão se tornando entidades de alta complexidade, o que exige que cada unidade de trabalho, incluindo a de tecnologia, participe tanto na disposição dos problemas, quanto da busca por soluções. A recomendação é que haja um re-planejamento gerencial, que passa pela mudança de mentalidade administrativa e pelo treinamento da equipe usuária. Ambas ajudam a evitar a perpetuação de antigos vícios administrativos e comportamentais.

  1. TI isolada

É comum que os hospitais possuam áreas bem específicas, como as de médicos e enfermeiros na parte clínica; de finanças, na parte administrativa; e de TI. Porém, contar com uma gestão centralizada, na qual a TI não tem envolvimento nenhum com os demais setores, só retarda a adoção de uma gestão eficiente. “É indispensável levar a área de tecnologia para as reuniões de diretoria”, afirma Fagundes. Segundo ele, em muitos hospitais a falta da presença da área nas decisões de negócio, prejudica o caminho à digitalização. “A TI precisa participar - ativamente - das decisões estratégicas, entendendo os problemas e metas de todas as áreas para, assim, conseguir propor soluções inteligente e que de fato ajudem o hospital”, completa. Ao aproximá-la das decisões e planejamento estratégicos, o hospital se torna mais eficiente, pois as ferramentas e investimentos de TI são feitos de acordo com as demandas das áreas usuárias.

  1. Ausência de soluções adequadas

Como reflexo da área de TI distante das demais, é muito mais difícil a implementação de tecnologias que, de fato, ajudem a gestão e as questões assistências. “O que acontece, nesse cenário, é que os demais setores acabam resolvendo sozinhos os problemas, sem saber de que maneira a tecnologia poderia ajudar”, afirma Fagundes. A consequência disso é ou a adoção isolada de ferramentas, que não conversam entre si ou, pior, a ausência delas.

Para ter uma gestão hospitalar integrada, é essencial que a instituição tenha um fluxo de trabalho capaz de envolver a TI em todas as questões, fazendo com que todos os setores a consulte para saber as opções existentes no mercado para inovar e dar agilidade aos processos. “Uma coisa é posicionar a TI na diretoria para ajudar no dia a dia com problemas essenciais; outra, é permitir que ela proponha uma forma mais profunda de atuar, com a adoção de sistemas integrados”, completa Fagundes.

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