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Como conquistar o ROI nos cuidados de transição

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Um programa efetivo deve trazer redução de custos com reinternação e agudização dos casos

Estudos internacionais, como o conduzido pela professora de gerentologia Mary Naylor, comprovam a necessidade de se elaborar um plano de cuidados de transição, especialmente frente ao avanço das doenças crônicas e comorbidades.

O desafio agora é comprovar seu ROI (sigla em inglês para Return on Investment – retorno sobre o investimento) e disseminar a estratégia entre as instituições de saúde.

Embora requeiram um investimento inicial, os planos de cuidados de transição se tornam custo-efetivos ao reduzir readmissões, estimular a continuidade do tratamento, evitar a agudização dos casos e viabilizar o acompanhamento dos pacientes, especialmente os crônicos e em reabilitação, no pós-alta.

Uma pesquisa da American Medical Association mostra que a cada US$ 1 milhão gastos na transição do hospital para a casa, home care ou hospice, o Medicare poupa US$ 4 milhões em custos de readmissão.

Hoje, nos Estados Unidos, um em cada cinco pacientes que recebem alta sofrem um evento adverso; apenas metade agenda uma consulta de acompanhamento (follow up) em até 30 dias após a alta e, muitas vezes, o médico de referência não tem acesso a todos os dados do prontuário ou aos detalhes da internação.

Outro levantamento, da revista Health Affairs, mostra que, num sistema de assistência integrada do Colorado (EUA), as reospitalizações em menos de 30 dias caíram 30% após uma intervenção com foco em cuidados de transição. Na Filadélfia, seis hospitais conseguiram reduzir seus custos com internações em 39%.

Um plano de cuidados de transição que provará o retorno sobre o investimento inclui:

1) Avaliação abrangente do paciente logo após a admissão e desenvolvimento de um plano de cuidados para pacientes com múltiplas doenças crônicas;

2) Visitas ao domicílio após a alta para coordenar a assistência complexa com múltiplos médicos;

3) Ensinar o autocuidado e o gerenciamento dos medicamentos;

4) Promover acesso a serviços não-hospitalares de longo prazo e apoiar as necessidades do paciente;

5) Facilitar a comunicação entre pacientes, familiares, cuidadores e prestadores de serviços;

6) Trabalhar com prestadores de serviços para garantir acesso adequado a serviços referenciados com especialistas e exames, entre outros.

Iniciativas de sucesso nos EUA estimulam também a coordenação dos cuidados em diferentes ambientes nos quais o paciente receberá assistência, melhorias na comunicação entre os diversos prestadores de serviços e empoderamento do paciente, que passa a ser dono de seu prontuário, discute com o médico seu tratamento e condição de saúde e é orientado para observar sinais de alerta, como efeitos adversos e deterioração de seu estado de saúde.