Usar piercing é moda entre os jovens, mas alguns adultos também utilizam. Para embelezar o visual aderem ao adorno que pode ter de diferentes tamanhos, formatos, espessuras e cores. Porém, algumas pessoas não levam em consideração os riscos à saúde, como infecções nas áreas do corpo perfuradas para colocação dos piercings. As áreas mais comuns para colocação do acessório são: a cartilagem da orelha, língua, sobrancelha e nariz, entretanto, algumas pessoas vão além e colocam nos mamilos, na parte genital e até sob a pele da cabeça.
Uma pesquisa publicada pela Universidade Northwestern, nos Estados Unidos, revela que 20% dos furos geram infecções e sangramentos. O estudo ainda aponta as áreas de maior risco — a boca e as genitais. A infectologista do Hospital Daher, Dra. Luciana Lara, alerta que o maior risco ao furar alguma área do corpo é a infecção causada por vírus como HIV, hepatite B e hepatite C. “O principal fator negativo são os riscos por infecção do vírus HIV, Hepatite B e C. O material utilizado pelos profissionais deve ser esterilizado ou, de preferência, descartável para evitar contaminações”, explica.
A médica ainda afirma que o maior risco é a transmissão do vírus da hepatite C, pois para prevenir a hepatite B existe a vacinação. Já a hepatite C permanece no ambiente por sete dias e não há como evitar o contágio se o instrumental o estiver infectado. A contaminação pelo HIV se torna mais rara, porque o vírus sobrevive apenas por alguns minutos em meio ambiente, e caso a esterilização dos instrumentos seja realizada de forma correta, os riscos de infecção são praticamente eliminados. “O ideal é lavar o material instrumental com água e sabão e esterilizá-lo”.
Uma dica importante é ter conhecimento sobre o lugar escolhido para a colocação do piercing, avaliar se o material utilizado é esterilizado ou descartável e fazer a assepsia antes de perfurar alguma região do corpo, um processo que pode ajudar a prevenir doenças por infecção.