Uma reestruturação no setor de hoje. Assim o secretário estadual de Defesa Civil e Saúde do Rio de Janeiro, Sérgio Cortes define a sua gestão na pasta. Tendo anteriormente um sistema de saúde centralizado em hospitais eletivos, e com isso, uma longa fila de espera, e uma má qualidade do atendimento, o caminho da gestão foi investir em atenção primária. “Só 3,5% da população era atendida pela Estratégia Saúde da Família, em uma local onde 80% da população se concentra na região metropolitana”, pontua.
O governo investiu assim na criação da Clínica da Família, pontos de atendimento que centralizam todo cuidado primário e em secundário para diabete e hipertensão. Também criou as chamadas Unidades de Pronto-Atendimento, cujo objetivo é a resolutividade, e a criação do Rio Imagem, unidade itinerante para exames de diagnóstico por imagem, além disso, investiu em reformas e ampliações de hospitais. Entre os números dos novos projetos somam-se R$ 126 milhões nas UPAs e R$ 166 milhões nos hospitais, o que resultou em 20 UPAs, em 488 leitos novos de enfermaria, 230 de emergência e em 10 novos aparelhos de tomografia computadorizada. “Aqui há um exemplo de que como não adianta só investir. Temos os equipamentos, mas nem todos ainda estão instalados e ainda doamos um para um hospital universitário”, relata.
O governo do Rio de Janeiro também partiu para o modelo de terceirização de serviços e de gestão. Foi aprovada pela Câmara Legislativa o projeto de Fundação Estatal para Serviços de Saúde. Além disso, a secretaria de saúde abriu licitação para os serviços de laboratório, que foi vencido pelo Científicalab, empresa de serviço público da Dasa. Com a terceirização dos serviços de laboratório, o governo reduziu o gasto de R$ 135 milhões/ ano para R$ 35 milhões/ano e ainda dobrou o volume de exames realizados. “Vivemos o subfinanciamento da saúde e o que puder trazer mais eficiência é bem-vindo”, salienta. Os números divulgados foram de investimentos, e não em indicadores de desempenho.
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