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Por que a Saúde também precisa pensar em ESG?

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Conceito vai além da filantropia e está ligado a um melhor desempenho empresarial

Com um longo histórico na filantropia e impacto social inegável, tanto por sua área de atuação, quanto por ser grande empregador, o setor de saúde parece bem estabelecido no pilar social do conceito que está na moda: ESG (Ambiental, Social e Governança, o tripé que deve nortear a gestão de empresas sustentáveis).

Suas instituições, muitas vezes centenárias, viram passar diversos conceitos de administração e adotaram muitos conhecimentos e tecnologias, tanto na prática clínica quanto na gestão. Por que, então, deveriam se preocupar em estruturar políticas para atender a essa nova demanda do mundo dos negócios? A resposta é curta e direta: porque o ESG melhora o desempenho financeiro.

O estudo “Iniciativas ESG Geram Valor?”, realizado pela consultoria Bain & Company em parceria com a EcoVadis, mapeou 100 mil empresas e constatou que as mais estruturadas neste conceito apresentaram margens EBITDA até quatro pontos percentuais mais altas e  crescimento mais forte da receita. As pesquisadas com melhor desempenho têm mais mulheres em posições de liderança, buscam fontes de energia renováveis, estimulam e cobram de seus fornecedores boas práticas éticas, ambientais e trabalhistas e contam com colaboradores mais satisfeitos.

Nos Estados Unidos, o Health Research Institute (HRI), da PwC, mostrou que as operadoras de saúde estão sendo pressionadas por investidores a medir e reduzir seu impacto climático, ter papel atuante na epidemia de opioides, compor conselhos mais diversos e transparentes e manter boas práticas de recrutamento e sustentabilidade da cadeia de suprimentos.

Ainda que não tenham acionistas a pressioná-las, como no caso das instituições filantrópicas, as empresas de saúde pesquisadas pela PwC estão adotando políticas ESG para tornar suas operações mais eficientes e atrair os melhores talentos.

Para além do que dita sua própria natureza ou do que determina a lei, as instituições de saúde podem e devem aprimorar suas práticas nos três pilares do ESG. Uma empresa mais madura em governança corporativa se resguarda dos riscos de fraude e compliance. Um cuidado maior com a geração e descarte de resíduos, bem como o uso mais inteligente de recursos, tem impacto positivo nos balanços. A diversidade nas contratações e na composição de conselhos reflete a sociedade e, por isso, permite chegar a soluções e abordagens aos clientes mais inclusivas, efetivas e criativas.

Por fim, se a adoção do conceito ESG vem se mostrando positiva nos mais diversos segmentos da economia, é hora também de o setor de saúde compreender a gestão do negócio de forma integrada ao meio ambiente e a sociedade. Nos próximos textos, vou apresentar casos de sucesso e abordar as tendências em cada um dos pilares, em empresas de saúde de todos os portes. Dessa forma, pretendo apoiá-lo no desenho de uma estratégia coordenada, considerando os três pilares, que pavimentará o caminho para negócios mais perenes e financeiramente atrativos. Até a próxima!