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Mulheres apostam em coworkings de saúde

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Médicas e dentistas com intensa carga horária encontram no coworking de saúde flexibilidade de horário, infraestrutura e gestão de clínica para ganhar tempo e qualidade de vida

Equilibrar todos os pratinhos girando na ponta das varetas. Assim, como os equilibristas, as mulheres de todas as áreas profissionais tem uma rotina corrida para equilibrar vida pessoal, carreira, cuidado com os filhos e a família. O dia parece não ter horas suficientes, mas elas conseguem. E conseguem de maneira mais leve quando empreendedores criam negócios e serviços que facilitam a rotina delas.  

No setor de saúde, um nicho que cresce e que está sendo bem aproveitado por médicas e dentistas são os coworkings de saúde. Eles oferecem tudo que alguém com rotina apertada precisa como flexibilidade de horário, gestão de clínica e um preço acessível onde a profissional paga apenas pelas horas de uso do consultório, uma vantagem imensa sobre um consultório tradicional que precisa ser gerido e que possui custo fixo alto, além do investimento em equipamentos para montagem do espaço. 

Com uma rotina corrida que se divide entre consultório, centro cirúrgico, família e o filho de apenas um ano e meio, a ortopedista Dra Fernanda Catena conta que seu dia começa cedo.  "Começo meu dia por volta das 8h com o café da manhã, organização do dia do meu filho e por volta das 10h começa o dia profissional que muitas vezes se estende até tarde. Hoje, atuo em quatro lugares duas vezes por semana em hospital operando, um dia na clínica, também atendo no consultório da equipe da qual faço parte e agora, na OPT.DOC atendo meus pacientes particulares lá desde setembro. O coworking para mim é sensacional porque ele me dá uma flexibilidade de horário que eu realmente necessito. Ainda amamento meu filho e preciso jogar com todos esses horários atendendo em um consultório excelente em que fazem tudo para suprir nossas necessidades", conta. 

Outra mulher com rotina corrida é a fonoaudióloga Patrícia Perin que atende na OPT.DOC fazendo avaliação auditiva para os otorrinos que também atendem no coworking. "Minha rotina é muito corrida, pois eu possuo dois Centros Auditivos em São Paulo que me tomam quatro dias da semana. Na OPT.DOC, organizei para atender um dia inteiro por semana, mas tenho pensado muito em como migrar pelo menos uma das minhas clínicas para o  coworking. A ideia de chegar, atender e não ter de gerenciar o negócio é muito atrativa para nós, profissionais de saúde com rotina apertada. É sensacional eu chegar, ter tudo organizado e pronto, atender e literalmente pegar minha bolsa e ir embora. Isso economiza muito tempo para eu dedicar para outras áreas da minha vida. Quem não quer ter mais tempo para si?", comenta.   

Quem também pensa em migrar parte da sua rotina para o coworking é a dentista especialista em periodontia, dra Juliana Ganihito. Com uma filha de 11 anos, a rotina também é bastante puxada. Além do consultório, a dentista ainda é professora na pós graduação da USP, onde estudou e é mestre. "A flexibilidade de horários do coworking ajuda muito, pois atendo em dois consultórios, dou aula na USP e além das minhas aulas, que desde o ano passado são online, agora temos que lidar com as aulas online da minha filha. A rotina que já era pesada, ficou ainda mais trabalhosa com a pandemia", conta. 

Para a profissional, uma das grandes vantagens do coworking é a flexibilidade de horários e o valor da hora utilizada. "Há muitos anos eu atendo três vezes na semana no consultório de um colega no Itaim. Construí minha clientela lá, mas venho aos poucos migrando para o coworking porque é muito mais vantajoso financeiramente. No consultório com o colega, pago uma porcentagem para ele pelos meus atendimentos. No coworking, consigo precificar a consulta de forma muito fácil e meus ganhos são maiores. Outra vantagem é que no coworking aquela sala é minha pelo tempo em que a alugo. São minhas regras, meu jeito de atender. Posso marcar pacientes em horários em que eu posso atender sem depender da agenda de ninguém, uma outra grande vantagem", comenta.  

Empreendedorismo feminino: Todas essas mulheres profissionais de saúde que tem suas rotinas facilitadas pelo coworking contam com outra mulher. A OPT.DOC é uma ideia da Patrícia Del Gaizo Maia, sócia-fundadora da Opt.Doc, formada em arquitetura, pós graduada em marketing e contabilidade e que também tem uma rotina corrida e entende as dores das profissionais. Ela largou uma carreira de sucesso no funcionalismo público para empreender na criação do coworking. "Tendo familiares na área de saúde, via a necessidade delas e vi que havia mercado para um espaço como a OPT.DOC. Pegamos a ideia de coworking de saúde e levamos além, porque investimos pesado nos equipamentos   dos consultórios e ainda outros para exames, fomos muito além do que existia no mercado até então em que são oferecidas apenas salas com maca, cadeira e mesa. "Um investimento pesado, mas que eu sabia ter tudo para dar certo tanto é que cada vez mais profissionais comentam conosco que querem migrar seus consultórios para o coworking", comenta.