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Saúde 2.0 - Você está pronto para a Digital Health Revolution ?

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Desde os primeiros dias da web, a atividade online em cuidados de saúde tinha sido principalmente sobre a obtenção de conteúdo padronizado. Mas em 2005-2007 três esferas interligadas surgiram para impactar o papel dos consumidores e a forma como eles se engajavam em conversações sobre saúde. Estes foram:

 Pesquisa – os consumidores à procura de respostas exatas às suas próprias perguntas específicas;

 Comunidades online – consumidores compartilhando informações uns com os outros;

 Ferramentas de auto-gestão – serviços online que ajudaram aos consumidores na compreensão de seus próprios dados e apoia-los durante o processo de tomada de decisão;

Flyer distribuído em San Francisco no ano de 2007, promovendo evento de Saúde 2.0. Naquele momento o foco era a geração de conteúdo pelo usuário, conforme o texto.

Essas três esferas permanecem no núcleo ainda hoje e estão na base do idéario conhecido como empowerment do paciente. Todavia é importante ressaltar que até agora não ocorreu uma conexão de forma mais ampla dessa nova realidade com o sistema de saúde. Quase todas as informações que estão disponíveis nas comunidades online nesse momento estão sendo geradas diretamente pelos usuários assim como os dados utilizados na adoção de ferramentas online.

Da mesma forma, organizações que mantêm dados de transações (como resultados de exames laboratoriais de um paciente, códigos CID ou informações sobre prescrições de medicamentos) também não têm feito muito esforço para combinar esses dados com qualquer forma de conteúdo de educação sobre saúde. Como resultado, um paciente pode receber um fax com o resultado de seus exames laboratoriais sem qualquer explicação sobre seu significado geral, muito menos para sua situação específica.

O presente

Nos últimos 03 anos o desenvolvimento da Saúde 2.0 tem ocorrido de forma avassaladora graças às mudanças na tecnologia dos mecanismos de pesquisas, redes sociais e ferramentas distribuídas através de lojas virtuais, como Apple Store.

 Buscas mais abrangentes e ricas visualmente – as buscam continuam sendo a atividade de navegação online predominante e empresas de pesquisa sobre saúde estão disponibilizando técnicas diferentes para disponibilizar a informação, como “deep searche”, “presentation” e “Q&A”, cada uma das quais visando levar ao usuário o conteúdo mais relevante para seu interesse de forma rápida;

 Comunidades ampliando o seu papel de apoio e networking para o monitoramento de dados – as comunidades online continuam crescendo muito em quantidade e também no tipo de ações que seus membros podem executar. Muitas comunidades atingiram o sucesso com servlists e quadros de avisos, mas o desenvolvimento de novas ferramentas permite que membros criem perfis, conectem-se com amigos, votem em questões de interesse, identifiquem e etiquetem (“tagging”) o conteúdo e compartilhem muito mais que um simples texto. Algumas comunidades estão aproveitando essas tecnologias para gravar uma grande quantidade de dados sobre as condições de saúde de seus membros. Outras estão combinando o uso de ferramentas com atividades de apoio mútuo, especialmente na esfera do Fitness e Welness. Enquanto isso muitos grupos de saúde estão surgindo em redes sociais como Facebook e usando o Twitter – sendo que em ambos os casos tem havido um crescimento de forma vertiginosa.

Cada vez mais provedores de Saúde utilizam Canais Sociais para engajar e apoiar seus pacientes.

 Ferramentas de apoio integradas a provedores de saúde – talvez a inovação mais expressiva nos últimos anos seja o aumento na oferta de ferramentas de auto-gestão. Essas ferramentas são serviços que personalizam os dados e conteúdo para os usuários, ajudando-lhes a analisar suas informações (por exemplo, em comparação a um resultado desejado) e apoiá-los na tomada de decisão sobre procedimentos e tratamentos, conferindo ao paciente a co-responsabilidade pela sua saúde. Isso também inclui a criação de instrumentos destinados ao controle financeiro e administrativo de suas despesas, outros voltados para gestão de casos complexos / questionamentos sobre fármacos, e um número muito grande voltados para monitoramento diário sobre rotinas e dietas. Também já se observa um pequeno início de integração dessas ferramentas com provedores de saúde. Por exemplo, visitas online providas pela American Well utilizam tecnologias conhecidas (chat, webcam) e permitem a comunicação entre pacientes e médicos para prescrição de medicamentos e pedidos de exames. Isso já está sendo disponibilizado por algumas seguradoras americanas.

Tendências emergentes

Nos próximos anos iremos ver algumas tendências claras no desenvolvimento e utilização de tecnologias de Saúde 2.0. Essas incluem:

 A integração entre pesquisa, comunidades e ferramentas e uma maior utilização por seguradoras e operadoras de saúde;

 Maior disponibilidade de dados de saúde, bem como maior liquidez desses dados - particularmente devido ao surgimento de uma camadas de dados pública provida por empresas como Microsoft HealthVault, o que deverá permitir a inclusão fácil desses dados através de diferentes aplicativos e serviços;

 Maior diversidade em tipos de dados de saúde a serem colhidos e movimentados. Estes incluem não apenas dados de sistemas clínicos e administrativos, mas também observações geradas pelo próprio paciente durante sua rotina, feeds automáticos de medidores biométricos e, por fim, dados genéticos;

 O surgimento de “unplataforms” – uma mistura de aplicativos, dispositivos e camada de dados.

1) Unplataforms para Aplicativos – o que significa que o mesmo serviço / aplicação roda em vários dispositivos diferentes (como IPhone e Android Phone), com os dados sendo coletados centralmente;

2) Unplataforms sobre Canais – atingem o consumidor sobre diversos canais, incluindo web, web móvel, SMS, voz automatizada e muito mais. Alguns canais mais incomuns incluem GlowCapsVitality – que usa as tampas das caixas de comprimidos para alertar quando uma dose é omitida;

3) Entrelaçamento de aplicações que compartilham unplataforms – vários aplicativos estão se conectando a outros aplicativos através de widgets ou integrando dados de outros serviços em seus mashups

4) Integração de dados através de unplataforms – algumas aplicações estão combinando e apresentando partes de outras aplicações em uma única interface e facilmente movendo dados entre diferentes serviços. Por exemplo, uma ferramenta de rastreamento chamada Polka incorpora um mapa de dor de ReliefInSite. Quando o mapa é usado dentro de Polca, as informações também são armazenadas na conta do usuário do ReliefInSite.

Homo-conectus, são paulino e administrador com mestrado pela FGV e especialização pelo College of Insurance / NY. Ocupou posições de Diretor Corporativo de Marketing, Diretor de Serviços de Valor Agregado e  Digital Head Officer. Implementou  projetos nas áreas de cartões, seguros, benefício farmácia, promoção de saúde, medicina preventiva, hospitais, planos de saúde e  dental. É fundador da consultoria Digital Health Revolution que  dedica-se ao desenvolvimento de projetos digitais para alguns dos mais importantes provedores de saúde do Brasil.

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