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Healthtech cria programa inédito para apoio a mães com depressão no ambiente de trabalho

Article-Healthtech cria programa inédito para apoio a mães com depressão no ambiente de trabalho

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Estudo indica que depressão materna egera custo anual de R$ 26.2 bilhões no Brasil

“Jornada Saúde Mental Materna” é um programa inédito, lançado pela Bloom Care  healthtech de saúde feminina e familiar –, para o acompanhamento transdisciplinar de mães que têm acesso à plataforma como um benefício corporativo e que apresentaram sintomas de depressão durante as primeiras etapas da maternidade, seja no contexto do planejamento de uma gravidez, durante a gestação ou na criação dos filhos. 

A novidade consiste em um protocolo de psicoterapia breve para depressão materna realizado via teleconsulta e baseado em ativação comportamental, uma modalidade de terapia cognitivo-comportamental, cujo objetivo é reduzir sintomas da depressão. Para isso, todas as psicólogas que atendem na healthtech recebem o treinamento das técnicas, estrutura das sessões e estratégias que podem ser usadas nos atendimentos, assim como métodos para monitorar sintomas e evolução ao longo do tratamento. 

“A depressão materna pode ter efeitos negativos importantes na vida da mulher, impactando suas relações sociais, qualidade de vida, produtividade e também prejudicar a interação mãe-criança, incluindo desafios no cuidado durante os primeiros anos de vida. Além disso, quando a fase do planejamento familiar envolve desafios de fertilidade, nos sentimos completamente desamparadas, o que também pode desencadear esse risco antes mesmo da gravidez. O lançamento desse programa é um marco na nossa missão de unir ciência de ponta e tecnologia para humanizar a experiência de saúde de mulheres e famílias dentro das empresas. Os benefícios de saúde do futuro são personalizados,” aponta Roberta Sotomaior, Cofundadora e CEO da Bloom.

Em estudo recente, a pesquisadora Alicia Matijasevich, médica especialista em Pediatria e Neonatologia, junto a colaboradores, identificaram que o custo da depressão materna é de 26.2 bilhões de reais anualmente no Brasil. Baseado em literatura científica atualizada, o protocolo já foi testado cientificamente no contexto brasileiro e produzido pelos pesquisadores Daniel Fatori e Pedro Zuccolo, do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade São Paulo (IpQ-FMUSP) e fundadores da Meliora, empresa que traz o conhecimento científico de ponta na área da saúde mental para o mundo real. Os resultados dos estudos indicaram que 80% das mães que passaram pelo protocolo responderam positivamente ao tratamento.

“A gestação e o pós-parto são períodos fortemente associados  a um risco aumentado para o surgimento de quadros de depressão. Estudos epidemiológicos com amostras populacionais estimam  que cerca de 20% das mulheres nesses períodos irão desenvolver depressão. Dessa forma, é fundamental o diagnóstico e oferecimento de tratamentos baseados em evidências que sejam escaláveis,” afirma Pedro.

Na conferência Brainstorm Health da Fortune em Los Angeles no último mês, a CEO da CVS Health, Karen Lynch, subiu ao palco para lembrar da importância do assunto: “Muitas mulheres sofrem de depressão pós-parto e nunca falamos sobre isso.” E ela foi além, ao imaginar um sistema de saúde no qual as mães são informadas sobre o risco de depressão pós-parto como parte de um plano de alta hospitalar. Exatamente o que a Bloom Care começa a implementar agora no Brasil.