O Einstein passou a integrar a Mayo Clinic Platform_Connect, rede global que conecta instituições de saúde de referência para acelerar a inovação por meio da análise de dados clínicos qualificados, seguros e anonimizados. A iniciativa reúne oito hospitais reconhecidos internacionalmente, em sua maioria filantrópicos, como a própria Mayo Clinic e o Mercy (Estados Unidos), Sheba Medical Center (Israel), University Health Network – UHN (Canadá), além do Sing Health (Singapura) e do Seoul National University Hospital (Coreia do Sul).
A estimativa é de que a rede abrigue informações de cerca de 50 milhões de pacientes. Os dados, no entanto, permanecem armazenados nas instituições de origem, seguindo o modelo Data Behind the Glass — no qual os algoritmos são enviados até os dados, evitando sua transferência entre os participantes. Esse formato, aliado a processos rigorosos de anonimização, como o time shift, assegura a privacidade das informações e o cumprimento das regulamentações locais, incluindo a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), no Brasil.
Rede global busca diversidade e segurança nos dados
“A Mayo Clinic Platform_Connect reúne pessoas e dados para gerar conhecimento e desenvolver novas soluções. Para ser eficaz, é essencial que os dados representem a população global. Com os membros fundadores, agora contamos com dados clínicos desidentificados de mais de 50 milhões de pacientes em quatro regiões do mundo. Essa diversidade permite o desenvolvimento e teste de modelos mais confiáveis, válidos e eficazes, contribuindo para a melhoria do cuidado em saúde, independentemente da localização dos pacientes”, afirma John D. Halamka, presidente da Mayo Clinic Platform.
Einstein fortalece presença latino-americana em pesquisas globais
A participação do Einstein como membro-fundador da rede representa um avanço na inserção da América Latina em estudos internacionais baseados em inteligência artificial e análise de dados. Atualmente, a população latino-americana ainda é pouco representada nessas pesquisas. De acordo com o estudo Sources of bias in artificial intelligence that perpetuate healthcare disparities — A global review, mais de 50% dos dados usados para treinar modelos de IA na saúde têm origem nos Estados Unidos e na China.
“Dados provenientes de populações diversas, do ponto de vista geográfico e étnico, contribuem para o desenvolvimento de soluções de saúde mais personalizadas e equitativas. Também ampliam as possibilidades de pesquisa em áreas como doenças raras, graves e complexas”, afirma Sidney Klajner, presidente do Einstein. “Fazer parte da rede como membro-fundador reforça o papel do Einstein na fronteira do conhecimento em dados e inteligência artificial aplicada à saúde”, completa.
Implementação e próximos passos no Einstein
A instituição já concluiu etapas importantes da integração ao projeto, como a implementação da infraestrutura para o modelo Data Behind the Glass, revisão da governança de dados e ajustes em sistemas internos. Atualmente, três projetos-piloto estão em andamento, além da preparação dos dados para uso futuro em estudos e colaborações internacionais.
“A rede é pioneira e proporciona uma troca de conhecimento sem precedentes entre instituições de excelência, promovendo avanços científicos e tecnológicos com impacto para pacientes no Brasil e em outras partes do mundo”, finaliza Klajner.
Para mais informações, acesse o site da Mayo Clinic Plataform Conect.
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