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Temos dados para medir Saúde?

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Qualquer repensar em modelos de pagamento ou de assistência precisam de dados para gerar as métricas para uma boa gestão.

O desafio do gestor está em ter consciência, primeiro, do que quer medir e depois de como ter acesso aos dados que gerarão as métricas almejadas.

Pela nossa prática trabalhando com projetos de analytics nos deparamos com três tipos de conjunto de dados: dados existentes e disponíveis, dados existentes e não disponíveis e dados não existentes e necessários.

A maior frustração está no segundo tipo de conjunto de dados: dados existentes e não disponíveis.

O exemplo disso foi discutido no pôster que publicamos no Congresso da ANAHP no ano passado: “Avaliação de desempenho da rede hospitalar de uma operadora de saúde: por que é tão difícil?”. Este artigo foi vencedor da Sessão Pôster do 6º Congresso Nacional de Hospitais Privados. 

A conclusão do artigo foi clara: os dados assistenciais mínimos necessários estão no prestador, ele não é compartilhado com o pagador e, portanto, este não tem como avaliar a qualidade da assistência prestada. Temos que padronizar o Conjunto Mínimo de Dados e melhorar muito a TISS se quisermos evoluir para uma gestão mais transparente e centrada no paciente.

Quanto aos dados inexistentes, mas necessários, o desafio também existe, pois depende da boa vontade dos gestores e de investimentos para disponibilizar ferramentas, devices, wearables, Apps para coleta de PREMs (Patient-Reported Experience Measures) ou outra forma de geração e captura destes dados.

Em resumo, os gestores devem:

  1. Tem consciência do que quer medir. Se o conceito de Valor estiver valendo aqui, buscar os indicadores que realmente são importantes para o paciente;
  2. Buscar mais transparência da troca de informações entre pagadores, prestadores e pacientes revisitando o Conjunto Mínimo de Dados, “turbinando” a TISS e revendo a regras de transparência de informações de saúde, sem ferir os preceitos éticos;
  3. Implantar novas tecnologias que permitam gerar dados relevantes para as métricas definidas.

Sem as métricas adequadas não será possível embrenhar-se em qualquer projeto de Saúde Baseada em Valor contemplando, ou não, modelos de remuneração.

Este, e muitos outros temas correlatos serão discutidos no I Congresso Latino Americano de Valor em Saúde que ocorrerá nos dias 18 e 19 de Março em São Paulo.

Muito trabalho tem que ser feito, mas a boa notícia é que não temos mais espaço para incompetência.

TAG: Colunas