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Biomateriais estão no foco de pesquisas em parcerias envolvendo instituições nacionais e holandesas

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Iniciativa entre Fapesp e NWO abre chamado para desenvolvimento de projetos em conjunto e reúne mais de 80 pessoas

Com foco em promover parcerias para o desenvolvimento de biomateriais voltados para o setor de saúde, a Netherlands Innovation Network Brazil trouxe uma delegação de pesquisadores holandeses para conhecer institutos de pesquisa e empresas nacionais com esse foco.

A iniciativa foi realizada em parceria com a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), que abriu uma chamada recente para receber propostas de projetos desenvolvidos em conjunto entre os dois países que resultem em desenvolvimento conjunto de tecnologias junto a instituições públicas e privadas de saúde, e resulte em aplicabilidade prática no mercado.

A Fapesp tem uma parceria de longa data com a Organização Holandesa para a Pesquisa Científica (NWO) em diversas áreas, como bioenergia, aviação e saúde. Essa é a nona chamada que as organizações promovem em conjunto.

O foco em biomateriais se dá pela relevância que o tema tem no desenvolvimento de novos dispositivos médicos, próteses, tecnologias de reparo e substituição de tecidos, sistemas de liberação controlada de medicamentos e técnicas de diagnóstico, e ajudar a transformar muitos aspectos da saúde preventiva e terapêutica. “A pesquisa colaborativa é fundamental para alcançar resultados inovadores que possam atender às necessidades futuras da medicina”, defende o edital do projeto.

Para a Netherlands Innovation Network Brazil, a realização da missão foi considerada um sucesso. Com uma delegação formada por pessoas de cinco start ups e seus pesquisadores, as oportunidades pareceram promissoras. É como a avalia Saber Amin Yavari, professor associado da Centro Médico da Universidade de Utrech, e empreendedor na área de biomateriais, que veio a primeira vez ao Brasil.  

“Vejo uma dinâmica muito boa, e uma atmosfera nas universidades, nos centros de pesquisa e nas companhias, e todos estão querendo uma saúde melhor, na área pública e privada.  E em nosso campo de pesquisa, vejo muito potencial”, afirma o pesquisador.

O encontro promovido pela Fapesp e pela NWO reuniu cerca de 80 pessoas, presencialmente e online, entre pesquisadores, e representantes de empresas interessadas no projeto.

A parceria entre Brasil e Holanda no campo da ciência existe há um bom tempo. A Neatherlands Innovation Network Brazil atua no país há 10 anos de forma mais estruturada. A iniciativa está vinculada aos ministérios de Economia e de Ciência e Tecnologia holandês.

O guarda-chuva dessa parceria acontece entre os governos nacional e holandês, e envolve, do ponto de vista mais prático, parceria entre universidades em pesquisa e intercâmbio entre alunos em diferentes áreas. “Uma delegação formada pelo alto escalão do ministério visitou a Holanda recentemente para conhecer o ecossistema de inovação e como criamos parques de ciência, entre universidades e empresas, e como o governo participa e incentiva essa relação”, afirma Robert Thijssen, conselheiro de inovação, tecnologia e ciência do Consulado Holandês, responsável pela organização da missão.

Foi a primeira vez que esse tipo de missão foi focada em biomateriais para a saúde. A perspectiva é boa. A empresa de Saber, por exemplo, já espera firmar um acordo de colaboração para a realização de um estudo clínico aqui no Brasil para avaliar o revestimento antimicrobiano que sua empresa desenvolve aplicado em próteses de quadril. “O Brasil tem um ambiente muito favorável pra esse tipo de estudo, e os índices de infecção desse tipo implante aqui são maiores que na Europa, o que nos permite aprofundar os estudos nessa área. O que vemos é oportunidade no curto e no longo prazo”, explica.

“O Brasil reúne um contexto que traz muitas oportunidades, tanto pelo seu tamanho, quanto pela qualidade de pesquisas aqui desenvolvidas, junto com os desafios que se tem em saúde. Podemos contribuir muito com esse desenvolvimento”, finaliza Thijssen.

TAG: P&D