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Estudo do DNA brasileiro contribui para equidade de estudos clínicos

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Cerca de 80% da população ancestral incluída em estudos genômicos é europeia

O acesso à medicina de precisão ainda é restrito no Brasil e um dos entraves para promover a ampliação é a falta de dados sobre o DNA brasileiro. Conforme o National Human Genome Research Institute, cerca de 80% da população ancestral incluída em estudos genômicos é europeia — de modo que as terapias desenvolvidas são mais precisas para esse grupo.

Apesar de existir um grau elevado de semelhança entre os genomas humanos, existem diferenças significantes que podem interferir nas chances de desenvolvimento da doença e, consequentemente, na investigação. Por isso, estudar o DNA brasileiro é crucial para que seja possível tornar os estudos clínicos mais equitativos e inclusivos. 

As características genéticas podem carregar informações preciosas e de alta relevância médica. Possibilitando assim, a prevenção de doenças raras, oncológicas, hipertensivas, entre outras. "Com a compreensão do perfil genético da população, no futuro, será possível desenvolver terapias com tecnologia locais, de forma custo-efetiva e sem impactar o sistema de saúde", completa o gerente nacional da Illumina, Vagner Simões.

Atualmente, existem algumas iniciativas no Brasil que podem contribuir para os avanços da genômica no país. Uma delas é o Genomas Brasil, um programa que tem como objetivo de sequenciar o genoma completo de 100 mil brasileiros, com algumas abordagens específicas, e compreender melhor o perfil genético da população brasileira. 

"Trabalhos como esse são fundamentais para garantir que os estudos clínicos em genômica sejam condizentes com a diversidade e as características específicas da população a qual ele se destina", pontua Simões.

O gerente nacional da Illumina ainda reforça que os benefícios do avanço da genômica do país são inúmeros. Na oncologia, por exemplo, os testes genéticos podem possibilitar o diagnóstico preciso, a personalização do tratamento, a identificação de marcadores de risco, o monitoramento e progressão do câncer, a identificação de novos alvos terapêuticos e a previsão de resposta ao tratamento. 

"Por isso, é de extrema importância preencher as lacunas e ampliar os dados sobre o DNA brasileiro, para assim, garantir que as terapias e ações personalizadas, sejam cada vez mais assertivas para a população", finaliza.