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Desafios e soluções para incorporação de novas tecnologias em saúde no Brasil serão debatidos em Brasília

Article-Desafios e soluções para incorporação de novas tecnologias em saúde no Brasil serão debatidos em Brasília

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Evento híbrido promovido pelo Instituto Lado a Lado pela Vida traz discussões com especialistas, representantes do legislativo e executivos do setor de saúde

No Brasil, 80% das pessoas dependem exclusivamente dos serviços públicos disponíveis para realizar qualquer tipo de atendimento de saúde, segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Ou seja, o SUS (Sistema Único de Saúde) é prioridade para mais de 150 milhões de brasileiros e, mesmo quem utiliza a saúde suplementar, também recorre à rede pública para procedimentos que vão dos mais simples, como vacinação, até os mais complexos, incluindo transplantes. Isso torna o SUS o maior sistema de saúde do mundo, com um total de 190 milhões de pessoas atendidas.

Apesar do reconhecimento mundial na qualidade dos serviços prestados à população, esse sistema e outros órgãos que cuidam da saúde pública brasileira não conseguem dar conta desse contingente e precisam de investimentos constantes em infraestrutura, capacitação profissional, cobertura de medicamentos e inovações em tecnologia para continuar expandindo e atender a todos.

Um dos grandes problemas enfrentados atualmente é a incorporação de tecnologias para que os novos produtos e serviços de saúde cheguem, de fato, à população. É sobre esse assunto que a Edição Especial Global Forum – Incorporação de Novas Tecnologias em Saúde vai tratar nos dias 28 e 29 de junho, em Brasília (DF). Promovido pelo Instituto Lado a Lado pela Vida (LAL), o evento contará com a participação de especialistas e gestores dos setores público e privado de saúde, representantes do legislativo, membros do Comitê Científico do LAL e profissionais do Insper (Instituto de Ensino e Pesquisa), parceiro institucional no fórum.

O evento será híbrido, com a participação presencial do público e transmissão online dos painéis de discussão. Em pauta, estarão os principais desafios enfrentados pelas instituições públicas relacionados ao acesso dos pacientes às inovações, os caminhos possíveis para a desburocratização e ampliação do atendimento, os processos de distribuição dos financiamentos nas esferas federal, estadual e municipal, e as possíveis ações para incentivar o maior interesse da sociedade em cobrar soluções.

“Precisamos discutir esse tema com foco na jornada dos pacientes, desde o diagnóstico até o tratamento. Se não resolvermos questões básicas, como faremos para melhorar o sistema de saúde, fazendo com que o acesso dos pacientes seja real dentro de uma boa gestão?”, destaca Marlene Oliveira, presidente do Instituto LAL. Para a empreendedora social, os problemas para disponibilizar o acesso dos pacientes às inovações são inúmeros e o envolvimento de todos é fundamental nessa questão. “Enfrentamos uma série de gargalos e desafios que impactam diretamente no acesso dos pacientes a um tratamento adequado. Precisamos colocar a experiência do paciente no cerne dessa discussão”, afirma.

Desafios e sugestões

No dia 28 de junho, o evento começa com a apresentação dos compromissos do Global Forum para enfrentar os desafios e apresentar possibilidades para o cenário da incorporação de novas tecnologias à saúde pública do Brasil. Entre os destaques do fórum, estão:

  • Pesquisa inédita: Apresentação da pesquisa desenvolvida pelo Centro de Regulação de Democracia do Insper, parceiro do LAL, que coordenou o Grupo de Trabalho dedicado ao tema. O documento não só traz um panorama do cenário de incorporação de tecnologias em saúde no Brasil, como apresenta uma abordagem inédita sobre esse importante assunto. A coordenadora de Gestão em Pesquisa do Insper, Vanessa Boarati, e a professora de Direito do Insper, Natália Vasconcelos, apresentarão o resultado do estudo. A abertura contará também com a participação de Lucas Correa, especialista em políticas públicas, regulações e tendências do setor da saúde.
  • Incorporação no SUS e na Saúde Suplementar: O painel vai tratar da incorporação de novas tecnologias, desafios enfrentados e como dar acesso aos pacientes. Nesse debate, estarão a deputada federal, presidente da Frente Parlamentar em Prol da Luta contra o Câncer e relatora da Comissão Especial de Combate ao Câncer, Silvia Cristina; a gerente-geral de Regulação Assistencial da DIPRO/ANS, Ana Cristina Marques Martins; a oncologista Sabina Bandeira Aleixo; o presidente da Abramge, Renato Freire Casarotti; o vice-presidente da Interfarma, Eduardo Calderari; e o diretor do Sindusfarma, Bruno Abreu.
  • Financiamentos do SUS: Especialistas vão abordar os financiamentos da rede pública nas três esferas de poder, questões orçamentárias e a otimização de recursos. Para discutir o tema, estarão o deputado federal e presidente da Comissão Especial de Combate ao Câncer, Weliton Prado; o advogado Henrique Frizzo, do escritório Trench Rossi Watanabe; o ex-ministro da Saúde Nelson Teich; o secretário executivo do Conselho Nacional das Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), Mauro Guimarães Junqueira; o presidente do Conselho Nacional de Secretários de Estado da Saúde (Conass) e Secretário de Estado da Saúde do Espírito Santo, Nesio Fernandes de Medeiros Junior; e o coordenador do Núcleo de Estudos Estratégicos no Setor de Saúde (FEA-USP), Marcelo Caldeira Pedroso.
  • Acesso dos pacientes às inovações: No segundo dia do evento, a jornalista e diretora do portal Futuro da Saúde, Natalia Cuminale, apresenta o primeiro painel sobre a crescente inovação tecnológica e os desafios da incorporação. Serão abordadas soluções que estão por vir para revolucionar os tratamentos de doenças como o câncer, problemas cardiovasculares e outras patologias raras, no setor privado e público, além das tecnologias aprovadas pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e Conitec (Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS) e como promover o acesso dos pacientes. Estão confirmadas as presenças do presidente da Bristol Myers Squibb, Gaetano Crupi; do diretor da Roche Pharma Brasil, Antônio Carlos Matos da Silva; do diretor da Novartis, Leandro Fonseca; da diretora da MSD Brasil, Marcia Abadi; da diretora da Janssen, Gabriela Almeida; e do diretor de nutrição especializada da Danone, Arthur Lorenzetti.

Para encerrar o evento, Marlene Oliveira participa da conversa sobre as reflexões e os caminhos a serem traçados, com parlamentares, a coordenadora de Gestão em Pesquisa do Insper, Vanessa Boarati, e o oncologista Igor Morbeck, membro do Comitê Científico do LAL. A presidente do instituto acredita que as soluções dependem do envolvimento de todos os interessados e o fórum será uma ótima oportunidade para mostrar a relevância do assunto, trazendo pontos importantes para desmistificar os processos dentro da cadeia de incorporação das tecnologias. “A participação de todos é fundamental para entendermos melhor as questões que envolvam o financiamento, a otimização de recursos, a desburocratização e, principalmente, o maior engajamento da sociedade. O fórum será importante para expormos com clareza quais são os papéis de cada um dos envolvidos nesse processo.”

Para conferir a programação completa da Edição Especial Global Forum – Incorporação de Novas Tecnologias em Saúde, clique aqui. As inscrições podem ser feitas em https://bit.ly/3tBUjwJ.

Sobre Instituto Lado a Lado Pela Vida (LAL)

Fundado em 2008, o Instituto LAL é a única organização social brasileira que se dedica simultaneamente às duas principais causas da mortalidade - o câncer e as doenças cardiovasculares - além do intenso trabalho relacionado à saúde do homem. Sua missão é mobilizar e engajar a sociedade e gestores da saúde, contribuindo para ampliar o acesso aos serviços, da prevenção ao tratamento, e mudar para valer o cenário da saúde no Brasil. Trabalha para que todos os brasileiros tenham informação e acesso à saúde digna e de qualidade, em todas as fases da vida. Além do Novembro Azul, o Instituto Lado a Lado pela Vida é o idealizador das campanhas Respire Agosto, Siga seu Coração, Mulher Por Inteiro e Câncer por HPV: O Brasil pode ficar sem.