O Estado de São Paulo passou a utilizar uma nova tecnologia para tornar mais ágil a gestão de emergências médicas e internações no SUS (Sistema Único de Saúde). A ferramenta de telerregulação, desenvolvida pela empresa Duosystem, permite que médicos e técnicos da Central de Regulação de Ofertas de Serviços de Saúde (Cross) realizem videochamadas, ligações ou trocas de mensagens com unidades da rede pública em todo o estado.
A tecnologia viabiliza o contato direto entre profissionais da Cross e os serviços de saúde para discutir casos que demandam transferência de pacientes, como internações em leitos de UTI ou cirurgias de urgência. O recurso também pode ser usado por médicos em hospitais ou UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) para acionar a central e solicitar transferências para unidades com maior capacidade técnica.
Contato direto agiliza atendimento de urgência
Antes, esse processo era feito de forma mais lenta, por meio da inclusão de informações escritas no sistema da Cross. Com a telerregulação, é possível esclarecer dúvidas e orientar condutas em tempo real, o que pode contribuir para a priorização de casos mais graves, a redução do tempo de resposta e a melhor utilização de recursos como leitos e equipes médicas.
Segundo a Duosystem, a ferramenta também pode facilitar o atendimento em regiões com infraestrutura limitada, ao ampliar o acesso à regulação especializada. A tecnologia foi inicialmente aplicada no módulo de urgência e emergência, mas está sendo expandida para outros fluxos assistenciais, como a regulação ambulatorial e hospitalar.
Ferramenta também apoia regulação ambulatorial e hospitalar
No caso de atendimentos ambulatoriais, a ferramenta possibilita que as unidades solicitantes proponham tratamentos integrados, com a regulação atuando na análise e correção de possíveis desvios de protocolo. Já em internações hospitalares, o uso da telerregulação pode anteceder a emissão da AIH (Autorização de Internação Hospitalar), tornando o processo mais eficiente.
A iniciativa começou pelo estado de São Paulo, mas há possibilidade de expansão para outras centrais de regulação municipais e estaduais, conforme interesse dos gestores locais.
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