O desenvolvimento de mudanças sociais e no sistema de saúde foram molas propulsoras para o surgimento do atual modelo de atenção domiciliar em saúde. Modelo que ganha cada vez mais a adesão de novos pacientes, familiares e profissionais de saúde, envolvidos diretamente com a assistência.
Algumas dessas mudanças sociais e da saúde são representadas por fenômenos muito conhecidos pelos atores que atuam no sistema de saúde. Exemplos como a transição demográfica, o perfil epidemiológico da população, o aparecimento de novas tecnologias e o aumento dos custos dos serviços de saúde hospitalar são exemplos evidentes que contribuíram para o aumento dos serviços de atenção domiciliar. Outros fenômenos também evidentes:
O desenvolvimento de equipamentos tecnológicos, que têm possibilitado maior taxa de sobrevida das pessoas;
O aumento da procura por cuidados de saúde;
O interesse dos profissionais de saúde por novas áreas de atuação;
A exigência por maior privacidade, individualização e humanização da assistência à saúde; e
A necessidade de maior integração da equipe profissional com o paciente e sua família.
Artigo publicado pelas autoras Maria Ribeiro Lacerda; Clélia Mozara Giacomozzi; Samantha Reikdal Oliniski e Thiago Christel Truppel, intitulado “Atenção à saúde no domicílio: modalidades que fundamentam sua prática” revela os diferentes termos utilizados por esse modelo assistencial no Brasil, bem como conceitua as diferentes modalidades abrangentes.
O artigo, não só oportuno, é importante por apresentar termos e expressões muitas vezes confundidos pelas pessoas, mas que na maioria dos casos quer dizer a mesma coisa. Além do que contribui para a formação de conhecimento.
Termos como: atendimento domiciliar à saúde, atenção domiciliar, enfermagem domiciliar, visita domiciliária, enfermagem residencial, cuidado domiciliar, internação domiciliar, cuidados médicos domiciliares, cuidados de saúde no domicílio, atendimentos médicos domiciliares e outros tantos, são alguns dos mais comumente utilizados para traduzir as expressões “home care”, “home health care”, “domiciliary care”, “nursing home”, “nursing care”, “home care nursing”.
Expressões essas contidas no modelo da Atenção Domiciliar e que por sua vez, se divide nas modalidades: Atendimento Domiciliar (assistência domiciliar ou cuidado domiciliar), Internação Domiciliar e Visita Domiciliária.
ATENÇÃO DOMICILIAR É a modalidade de maior amplitude e envolve ações de promoção à saúde, prevenção e tratamento de doenças e reabilitação, desenvolvidas em domicílio.
ATENDIMENTO DOMICILIAR Engloba um conjunto de atividades de caráter ambulatorial, programadas e continuadas, desenvolvidas em domicílio.
INTERNAÇÃO DOMICILIAR É uma atividade continuada, com oferta de tecnologia e de recursos humanos, equipamentos, materiais e medicamentos, para pacientes mais em estados mais complexos, que demandam assistência semelhante à oferecida em ambiente hospitalar.
VISITA DOMICILIÁRIA Possui um caráter mais pontual, de contato com os profissionais, que observam a realidade do paciente em seu domicílio, isto é, seu contexto domiciliar, seja de estrutura física e material ou de relações pessoais intra-familiares; em que também podem realizar orientações.
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