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As startups de saúde devem ser sexy?

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Todos aqueles que estão no ambiente do empreendedorismo já ouviram alguma vez “A startup X é sexy”.

Todos aqueles que estão no ambiente do empreendedorismo já ouviram alguma vez “A startup X é sexy”, “O que falta é ser sexy“. Quer dizer que preciso ter um negócio sexy? Mais ou menos.

Muitas startups de saúde trabalham com temas populares e de alto impacto midiático e, assim, associadas ao bom desempenho da equipe e do produto, o sucesso é alcançado mais rapidamente. Isso nos leva a uma grande competição em algumas áreas e, naturalmente, ao desenvolvimento de sub-áreas, como fitness e bem-estar, por exemplo.

Ao mesmo tempo, outras startups de saúde trabalham com demandas de saúde que atendem nichos ou áreas negligenciadas, como saúde mental, populações mais pobres e partes da saúde que não contam com o “glamour” do popular.

Por que eu disse que precisamos mais ou menos desse lado sexy, então? Por um lado, o sexy pode vir neste sentido de investir em áreas que estão sendo faladas por todo mundo para que haja uma atenção maior voltada à marca. Por outro, temos o sexy na entrega do produto. Para facilitar a venda da ideia e do produto, precisamos embalá-los a ponto de fazer os olhos de algumas pessoas - investidores e clientes, principalmente - brilharem.

Algumas coisas, por si só, já tornam as startup de saúde mais sexy:

  1. Time e background: Em muitos dos eventos que participo, ao ouvir um pitch, o público quer saber de onde é aquela pessoa e qual experiência profissional eles já tiveram. Fazer parte de uma grande empresa, como Google ou Apple faz as atenções serem voltadas imediatamente para a pessoa no mundo do empreendedorismo, mas, é claro, que não precisamos ter isso. Ter uma formação sólida e consistente em alguma área - técnica ou estratégica - faz a credibilidade da startup aumentar muito.
  2. Experiência do usuário: Um aplicativo com interface ruim ou de difícil uso e/ou um site que demora 20 segundos para carregar, com certeza afeta o fator “sexy” da startup. Para ter um bom produto, ele precisa ser fluido, de fácil manuseio e, como se diz com frequência na moda, deve parecer “effortless” ou com cara de “quem acordou assim”. Por trás de um aplicativo ou produto simples, é preciso muita matemática e pensamento estratégico.
  3. Background teórico: Nada mais importante que ter um forte motivo por trás do que se está fazendo. Seja este motivo a alta demanda pelo produto ou uma paixão pessoal associada a uma brecha no mercado. É importante que tenha muitos, muitos, muitos dados de mercado disponíveis para que sua ideia seja validada e bem realizada.

Fazer a startup ser sexy é uma missão de entregar o melhor produto possível para o usuário com uma apresentação impecável. Não deve ter a ver com o investimento em uma área, simplesmente porque ela é popular. Seu produto deve ser feito especialmente para o seu cliente e ter uma validação científica alta. Assim, não tem quem diga que você não é sexy.