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Estereotipar paciente pode afetar seu tratamento

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Relação médico-paciente baseada em estereótipos pode afetar negativamente no tratamento . Treinamento das equipes sobre as diferenças culturais é primordial

Pacientes que se sentem julgados por trabalhadores da saúde são menos propensos a seguir instruções médicas e mais propensos a desconfiarem de seus doutores e outros servidores do setor. É o que diz  recente estudo da Universidade do Sul da Califórnia, EUA. Estes pacientes também tem maiores chances de desenvolver hipertensão e depressão e são mais predispostos a avaliarem negativamente sua própria saúde.

Além do estremecimento da relação médico-paciente, estes são mais propensos a evitar vacinas disponíveis, como para gripe, e também costumam ignorar problemas de saúde até que eles atinjam o estado grave.

Alguns estereótipos na saúde podem ser um efeito colateral inadvertido de campanhas de conscientização de saúde, observou a professora assistente da Escola Davis de Gerontologia e do Departamento de Psicologia da Universidade do Sul da Califórnia, Cleopatra Abdou. “Um resultado não intencional de campanhas públicas de saúde é que elas frequentemente comunicam e reforçam estereótipos negativos sobre certos grupos” disse Abdou.

Segundo matéria do FierceHealthcare, alguns exemplos de campanhas possuem tais consequências, como as que são voltadas para a educação de mulheres Afro-Americanas sobre a pílula anticoncepcional, para comunidade LGBT sobre HIV/AIDS, para mulheres sobre depressão e programas que atribuem problemas de memória à terceira idade, pois podem levar ao desenvolvimento de um conceito errado para as pessoas que não fazem parte desses grupos. Isto não é dizer que certas preocupações do meio da saúde não possam ser endereçadas a comunidades específicas, lembrou Abdou, mas a forma como as instituições de saúde se comunicam sobre isso precisa de melhorias.

Para evitar o problema, o treinamento de médicos e suas equipes sobre as diferenças culturais é primordial, uma vez que podem ser essenciais para a quebra de estereótipos e promoção de bem-estar ao paciente.

“É hora de nós implementarmos políticas que priorizem a competência cultural no treino de escolas de medicina e aumentem a diversidade de nossos médicos e a expansão da força de trabalho na saúde,” completou Abdou.

Fonte: Com informações do FierceHealthcare (21/10/15)