Muito tem se falado e prometido para a saúde, a despeito de um dos gargalos do setor: a deficiência de gestão de suprimentos médicos. Afinal, os futuros prefeitos, vice-prefeitos e vereadores sabem ao que devem se atentar nesse quesito? E a população, sabe o que esse serviço oferece e como podem cobrar seus novos gestores públicos?
É fato que os eleitos terão uma tarefa árdua, especialmente em meio à crise financeira instalada. Não é raro vermos nos noticiários a dificuldade de acesso a vacinas e medicamentos em geral em UPAS e hospitais públicos, que estão atrelados à falta de repasse de verbas e também a problemas de gestão logística que orientem processos de compra, estoques e demandas de forma eficiente.
Também é fato que para evoluir neste quesito, será preciso confiar a implantação de serviços de inteligência neste segmento em quem tem em seu core business a expertise comprovada neste serviço.
É preciso ver além de promessas vazias, a real viabilidade da gestão profissional da logística hospitalar, cujos investimentos iniciais de infraestrutura e capacitação de mão de obra geram retornos comprovados em curto prazo, com a redução de desperdício de medicamentos e materiais, economicidade em compras, e segurança para gestores, profissionais da saúde e pacientes.
Além disso, a logística hospitalar também facilita a gestão transparente, com total controle de processos e relatórios claros de fluxo e seus retornos de produtividade e caixa, que podem e devem ser explorados junto aos formadores de opinião e a população.
Aos novos líderes de nossos municípios indico que olhem para gestões que já se valem desta expertise e desejo que mantenham um olhar estratégico sobre essa questão, já que é na mudança da administração que, muitas vezes, observamos perda de capital intelectual, de tecnologias bem instaladas e rotinas bem sucedidas.
Mayuli Fonseca, diretora de novos negócios da UniHealth Logística Hospitalar
