A primeira vacina contra o Vírus Sincicial Respiratório (VSR) no Brasil, a Arexvy, já está disponível na rede privada para adultos com 60 anos de idade ou mais. Altamente transmissível, o VSR pode ser disseminado por meio de gotículas e secreções de pacientes infectados, ou pelo contato com superfícies contaminadas. Na maioria dos adultos saudáveis, não costuma causar sintomas graves, apenas um resfriado leve. Já em crianças pequenas, costuma causar bronquiolite e, em idosos, pode levar à infecção de vias respiratórias inferiores. Nos casos mais graves, pode ser necessária oxigenoterapia e intubação com ventilação mecânica.
“A Arexvy é a primeira vacina contra o vírus VSR a ser lançada no Brasil e, segundo estudos clínicos realizados durante o seu desenvolvimento, apresentou mais de 82% de proteção contra casos de infecção de vias aéreas inferiores pelo VSR, que é o principal quadro que se desenvolve em um idosos infectado”, explica dra. Luisa Chebabo, infectologista dos laboratórios Sérgio Franco e Bronstein. A expectativa é que a imunização reduza o risco dessa faixa etária em desenvolver quadros respiratórios ligados ao vírus e que, dependendo da evolução da doença, podem colocar a saúde em risco.
Em 2023, o VSR foi responsável por 26% das síndromes respiratórias agudas graves em pacientes que necessitaram de internação hospitalar. Uma vacina com boa eficácia em prevenir novos casos pode reduzir significativamente as internações e os afastamentos por doenças respiratórias virais. “A vacina contra o VSR se enquadra nesse contexto, visto que em estudo clínico apresentou mais de 82% de proteção contra casos de infecção de vias aéreas inferiores pelo VSR e mais de 94% de eficácia contra quadros graves por VSR. Mesmo que a vacina seja somente para o público idoso, a partir do momento em que a taxa vacinal esteja alta, há a redução da circulação do vírus, o que pode reduzir carga de doença inclusive em outras faixas etárias”, explica a infectologista.
A contraindicação é o paciente ter alergia aos componentes presentes na vacina. Fora isso, não há impedimentos.
A vacina, desenvolvida pela GSK, tem como base uma proteína recombinante comum aos dois subtipos do vírus (VSR-A e VSRB), associada a um adjuvante para potencializar a resposta imune. É administrada em dose única intramuscular. Ainda não se sabe se será necessário revacinar anualmente.
A nova vacina está disponível nos laboratórios da Dasa, como Alta Diagnósticos (SP e RJ), Delboni e Lavoisier (SP), Sérgio Franco e Bronstein (RJ), Cerpe e Boris Berenstein (PE), Exame (DF), Leme (BA), Frischmann-Aisengart (PR), Lustosa e São Marcos (MG), entre diversas marcas da rede.
